quinta-feira, 2 de julho de 2015

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CRIOU O PLANO REAL HÁ VINTE E UM ANOS ATRÁS.

Real, 21 anos”, análise do ITV


FHC cedulas Real Na manhã de uma sexta-feira, 21 anos atrás, entrava em circulação a moeda que viria a derrotar a inflação que durante anos destruíra o horizonte do país e tornara a vida dos brasileiros um verdadeiro martírio. O Plano Real completa hoje mais um aniversário, no mesmo momento em que a alta dos preços tem aterrorizado a população.
Aquela foi a oitava tentativa de estabilização da moeda desde o fim do regime militar, recebida com enorme expectativa pela população – cansada de conviver com preços que chegavam a dobrar em apenas um mês – e a desconfiança costumeira daqueles que eram então oposição.
Candidato do PT à presidência da República pela segunda vez, Luiz Inácio Lula da Silva classificava o plano como “estelionato eleitoral”. No Congresso, seu partido votaria repetidamente contra a MP n° 1.027, que criou a nova moeda. Mas o plano saiu-se vitorioso do embate.
Relembrar as dificuldades da implantação da nova moeda neste momento é importante para a preservação desta conquista crucial para o país que temos hoje. A estabilização da economia lançou as bases de todas as conquistas econômicas e sociais que o Brasil viria a alcançar nestes últimos 21 anos.
Até 1994, os brasileiros haviam se acostumado a uma rotina em que o salário chegava ao fim do mês valendo metade do que valia quando era pago. No ano anterior, o índice geral de preços atingira 2.477%. No último mês de vigência da antiga moeda, o cruzeiro real, que circulara durante menos de um ano, a inflação havia chegado a 47%. Definitivamente, não dava para viver assim.
O real foi concebido por uma equipe de economistas comandada pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, com apoio decidido do presidente Itamar Franco. A entrada em vigor da nova moeda foi precedida por um rigoroso ajuste nas contas do governo, iniciado em junho de 1993.
À nova moeda seguiram-se, já no governo Fernando Henrique, um ambicioso programa de modernização do Estado, as privatizações, a maior integração do Brasil ao mundo e, já no segundo mandato, a definição de uma política estruturada de responsabilidade fiscal. Tais alicerces permitiram ao país continuar avançando mesmo no governo do PT.
Nos últimos anos, estas conquistas vêm sendo ameaçadas por um governo incompetente, sob o manto de uma visão equivocada do papel do Estado, da enorme irresponsabilidade no trato das contas públicas e o do assalto aos cofres públicos patrocinado por uma organização criminosa que dilapidou a herança bendita que recebera. Em risco está o esforço de milhões de brasileiros posto na construção de um país melhor inaugurada duas décadas atrás pelo Plano Real, uma realização genuinamente tucana

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