Como tratar os políticos acusados de envolvimento em corrupção: é melhor deixar o eleitorado soberanamente decidir o seu destino nas urnas ou o mais indicado seria instituir barreiras que diminuíssem o raio de ação daqueles mais próximos da condenação?
Na Ficha Limpa, o Brasil fez opção declarada pela segunda opção. Condenados em 2ª instância por crimes graves, apesar de lhes restar recurso judicial, não podem se candidatar.
O choque representado pela Lava Jato e a aproximação de uma provável “questão Lula” a ser decidida nas câmaras altas do Judiciário esquentaram o debate. Jamais o eleitorado brasileiro foi exposto a tamanho volume de informações sobre desmandos imputados a políticos com e sem cargo. Vai puni-los nas urnas?
O PT TEM PLANO B SIM. E C,D E F TAMBÉM
Quem é o plano B de Lula? Não, o PT não tem plano B, soletram petistas, como os senadores Gleise Hoffmann, presidente do partido, e Lindbergh Farias. “Esqueça essa história de plano B. Nosso plano A, B, C, D, E, F é o Lula”, entoou Lindbergh, durante reunião das bancadas do PT com Lula na semana passada.
Seria mesmo estupidez o PT admitir o contrário. Enquanto o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, não bater o martelo, por mais que se saiba que o julgamento do recurso de Lula, marcado para o dia 24 de janeiro, tem votos marcados, o PT não pode admitir que exista a busca por uma alternativa.
A cúpula petista, ao contrário, tem feito um tremendo esforço para acalmar o partido até o julgamento que pode tornar o ex-presidente inelegível. Depois desta data, porém, por mais recursos que Lula tenha pela frente, as favas eleitorais estarão meio que contadas.
Lula é o primeiro a não querer ser um candidato sub judice, nem agora, muito menos na reta final da campanha, quando poderia ser tarde demais para viabilizar um substituto. Por isso, sim, o PT tem planos B, C, D e E. Só não tem ideia ainda a qual recorrer.FONTE: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário