A realidade mostra que autoridades – ou ex-autoridades políticas –
carregam um tratamento especial para dentro dos presídios sem
precedentes junto à massa carcerária. O Centro de Internamento e
Reeducação é um presídio superlotado, com 1,5 mil detentos. O bloco G da
PDF 2, outro destino para presos do semiaberto sem trabalho externo,
tem 916 internos, mais do que o dobro da capacidade, em condições piores
que as do regime fechado, com banho de sol dia sim, dia não. Na cela
S-13, onde estão Dirceu, Delúbio e outros dois réus do mensalão, sobram
vagas. Cinco beliches, com dez camas, são utilizados pelos quatro réus. O
mais provável é que os próximos presos por determinação do Supremo
Tribunal Federal (STF) e em cumprimento de semiaberto sejam enviados à
S-13. O presídio tem outra cela semelhante, a S-14, que também poderá
ser usada com essa finalidade.
Nenhum outro grupo de detentos está
tão seguro quanto o do mensalão. A cela de 20m² está bem próxima do
portão gradeado que dá acesso aos blocos e alas. Ao lado estão uma sala
de servidores do presídio e a dos agentes penitenciários. Bem próxima
está a ala de ensino. Apenas um corredor separa a cela da ala especial
destinada a ex-policiais militares e a presos provisórios com curso
superior. A administração do sistema penitenciário considera que a cela
integra a ala especial, onde 23 quartos abrigam os detentos. Nesta ala,
são liberados TVs, eletro domésticos, uma cozinha e banheiro com pia e
vaso sanitário.TAGS:PRESIDIO
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