Parlamentares com livre trânsito no Planalto garantem que Dilma ainda não nomeou Henrique Alves (PMDB)
para seu ministério porque teme que seu nome apareça no próximo
escândalo, o do “eletrolão” do setor elétrico. A mesma desculpa ela
usava antes da Lista de Janot, na qual Alves não foi citado. Sua
campanha para o governo potiguar recebeu doações de R$ 8,5 milhões de
empreiteiras com obras no setor elétrico.
Doações ilegais
A quem o indaga a esse respeito, Henrique Alves informa que doações para sua campanha obedecem rigorosamente a lei eleitoral.
As de sempre
Entre doadores de campanha de Henrique Alves estão Queiroz Galvão,
Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez, também citadas no petrolão.
Modelito do assalto
Foi adotado no setor elétrico o modelo desbaratado na Petrobras, no
qual um diretor “de confiança do PT” manda mais que o presidente.
Por Cláudio Humberto
O DEPUTADO FEDERAL E PRESIDENTE DA CÂMARA FEDERAL DEFENDE REFORMA POLÍTICA E DIZ QUE REFORMA SAI NEM QUE SEJA NA MARRA
Em seminário realizado na Assembléia Legislativa do Paraná, Eduardo
Cunha disse que levará uma proposta de reforma política a voto no
plenário da Câmara até maio. Fará isso, segundo declarou, nem que seja “na marra”.
Hoje, o tema é debatido numa comissão especial composta em fevereiro.
O grupo dispõe de 40 sessões para colocar uma proposta em pé. O prazo
termina em meados de maio. Eduardo Cunha avisou:
“Ao fim dessas 40 sessões, se a comissão não tiver condições ou
capacidade política de entregar um projeto, nós avocaremos a reforma
para o plenário e votaremos no plenário, com ou sem parecer. Nós vamos
parar aquela Casa por uma semana, de segunda a sexta-feira, se precisar
vamos votar dia e noite, de madrugada, até que o voto resolva todas as
divergências.”
Se prevalecer a lógica do vai ou racha, será votado um projeto
elaborado em 2013 por uma comissão pluripartidária de deputados e
senadores. Prevê, entre outras coisas: fim da reeleição, voto
facultativo e financiamento misto da eleição, na contramão do que
desejam Dilma Rousseff e o PT.
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