Ano eleitoral começa com restrições a autoridades
Do Jornal Zero Hora
Legislação prevê limitações para evitar a exploração da máquina pública em favor de candidaturas
Para tentar garantir a igualdade de
condições na disputa eleitoral deste ano, janeiro já se inicia com
restrições para autoridades públicas. Em 5 de outubro, os brasileiros
vão às urnas para escolher presidente da República, governadores,
senadores, deputados federais, estaduais e distritais.
Como muitos políticos vão concorrer à
reeleição ou disputar outros cargos, a intenção da legislação é evitar
que usem a máquina estatal em favor de suas candidaturas.
Desde ontem, por exemplo, está proibida a
distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da
administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado
de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em
execução orçamentária no exercício anterior.
Segundo o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, esse tipo de
medida (veja detalhes ao lado) é necessária para o equilíbrio do pleito.
Quem descumprir as regras, previstas na Lei das Eleições, pode ficar
sujeito ao pagamento de multa, e os candidatos podem ter o registro ou o
diploma cassados.
Cabral e Campos devem renunciar para concorrer
Já a Lei de Inelegibilidade prevê prazos
para que agentes públicos saiam do governo para não ficarem impedidos
de concorrer. De acordo com a norma, ministros de Estado, magistrados,
presidentes, diretores e superintendentes de empresas públicas e chefes
de órgãos que fazem assessoramento direto também devem pedir exoneração
até o dia 5 de abril, seis meses antes do primeiro turno.
Governadores e presidente da República
que concorrem à reeleição não precisam sair da função. Já governadores e
prefeitos que desejam mudar de cadeira devem observar o prazo de 5 de
abril e renunciar a seus mandatos. É o caso dos governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Eduardo Campos (PSB-PE). O primeiro deve concorrer a senador e o segundo, a presidente.
Para cumprir a lei eleitoral, a presidente Dilma Rousseff
já anunciou que a reforma ministerial do governo vai começar na segunda
metade de janeiro. A substituição de ministros estará concluída até o
Carnaval, em março.
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