O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal ajuizou nesta sexta-feira, 31, 14 ações contra
o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB) e outros 50 funcionários
“fantasmas” nomeados por ele na época que comandou a Primeira Secretaria
do Senado, entre 2006 e 2009. A 6ª Vara Federal do DF vai
analisar a acusação dos procuradores que pedem, também, a devolução de
mais de R$ 6 milhões pagos aos apadrinhados, parentes e cabos
eleitorais.
As investigações do MPF apontam que dos 86 servidores nomeados para
alguma função no órgão do Senado, apenas 22 tinham endereço no Distrito
Federal e Entorno na época. “Os demais, mesmo lotados em área
administrativa do Senado, residiam fora de Brasília, a maioria na
Paraíba, Estado que elegeu o então senador”.
Segundo a Procuradoria, parte dos funcionários nomeados por Efraim
Morais admitiu exercer atividades típicas de cabo eleitoral e ter sido
contratada por força de contatos políticos e amizade. Alguns dos
depoentes confessaram, ainda, conforme o MPF, não exercer nenhum tipo de
serviço de caráter público, atuando apenas em favor do ex-senador.
Houve quem nem sequer soubesse que estava lotado como servidor do
Senado.
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