Josias de Sousa destaca que, no casamento entre PMDB e PT a
felicidade conjugal é muito difícil. Quando existe, é extraconjugal. Em
vários Estados, essa felicidade conjugal só será possível a três. Ou a
quatro. Longe de Brasília, algumas das principais lideranças do partido
de Michel Temer, o vice de Dilma Rousseff, namoram o PSB de Eduardo
Campos e com o PSDB de Aécio Neves.
No Rio Grande do Norte, o PMDB de Henrique Eduardo Alves, presidente
da Câmara, prepara o lançamento da candidatura do ex-senador
peemedebista Fernando Bezerra numa mega aliança que incluirá o PSB, o
PSDB e, talvez, até o DEM. Momentaneamente afastado da política, Bezerra
tornou-se um personagem nacional na década de 90. Eleito senador pelo
PMDB em 1998, tornou-se líder do governo FHC no Senado. No ano seguinte,
o presidente tucano nomeou-o ministro da Integração Nacional.
A despeito desse passado emplumado, o PT potiguar se dispõe a aceitar
o nome de Fernando Bezerra. Mas impõe duas condições. Primeiro,
reivindica que seja acomodada na chapa, como candidata ao Senado, a
deputada federal Fátima Bezerra (a despeito da coincidência de
sobrenome, não é parente do virtual cabeça de chapa). Em segundo lugar,
exige que a coligação seja composta apenas por legendas governistas.
Henrique Alves e seu primo, o ministro Garibaldi Alves (Previdência),
torcem o nariz para as duas exigências. Para o Senado, preferem a
ex-governadora Wilma de Faria, do PSB de Campos. E não abrem mão da
inclusão do PSDB de Aécio na canoa. Cogita-se delegar ao tucanato a
indicação do vice. Quanto ao DEM, comandado no Estado pelo senador José
Agripino Maia, a condição para que se integrar à caravana é o rompimento
com a governadora ‘demo’ Rosalba Ciarlini, campeã de impopularidade,
mantida no cargo por força de liminares judicias.
Tags:PMDB
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