Rosane Malta
"Collor tinha conta na Suíça"
Ex-primeira-dama diz que resolveu
escrever um livro sobre a vida ao lado do ex-presidente para mostrar sua
versão da história. Na obra, afirma que o atual senador mandava
dinheiro para o exterior e mantinha conta conjunta com o ex-tesoureiro
PC Farias
por Izabelle Torres
O QUE VI E VIVI
"Queria ter tido filhos com Collor, mas ele sempre dizia que não era o momento"
A ex-primeira-dama Rosane Malta foi por 22
anos a companheira de Fernando Collor e sua cúmplice em rituais de magia
negra e reuniões secretas realizadas quase sempre na Casa da Dinda, em
Brasília. Separada há nove anos por meio de um divórcio litigioso, ela
guarda mágoas profundas do ex-marido. Ele se recusa a dividir com ela
parte do patrimônio milionário acumulado durante o casamento e a pagar a
pensão alimentícia de 30 salários minimos, estabelecida pela Justiça.
Depois da separação, Rosane teve depressão e conseguiu superar o
problema com a ajuda da igreja evangélica, cujos cultos e obras de
caridade ocupam parte da sua programação semanal. Há dois anos, ela
decidiu escrever a própria biografia, que se confunde com parte da
história do governo Collor e do processo de impeachment sofrido por ele
em 1992. Nas 220 páginas do livro que leva o título “Tudo que Vi e
Vivi”, Rosane conta os bastidores de um casamento marcado por brigas e
ambiciosos projetos de poder.
"Havia vários indícios de que Fernando Collor e Tereza realmente
tinham um caso. Alguns gestos davam a entender que sim"
Ela detalha como o casal virou adepto de
magia negra, e como Collor participava de rituais que incluíam
sacríficio de animais e até o uso de fetos humanos. No livro, relata
conversas que ouviu e assegura que o ex-marido mantinha contas bancárias
na Suíça e uma conta conjunta com o tesoureiro de sua campanha, Paulo
Cesar Farias. Embora não apresente documentos, Rosane diz que suas
histórias não são uma narrativa de quem pretende denunciar o ex-marido
ou criar fatos políticos. Segundo ela, a ideia é contar sobre sua vida.
Isso inclui fatos que presenciou durante o casamento com o primeiro
presidente do Brasil eleito por voto popular depois dos longos anos de
ditadura.
"Nem a pensão alimentícia Fernando (Collor) paga. Meus advogados dizem
que eu sou um caso de exceção à regra, pois no Brasil
quem não paga pensão vai preso"
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