O Partido dos Trabalhadores (PT) classificou o “panelaço”, realizado
na noite deste domingo em diversos pontos do país, como “manifestações
orquestradas para impedir o alcance da mensagem, mas fracassaram em seus
objetivos”. A avaliação foi feita pelo secretário nacional de
Comunicação do PT, José Américo Dias, e pelo vice-presidente e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice.
– Tem circulado clipes eletrônicos sofisticados nas redes, o que
indica a presença e o financiamento de partidos de oposição a essa
mobilização – afirma José Américo.
– Mas foi um movimento restrito que não se ampliou como queriam seus
organizadores – completa. Ainda segundo o secretário, apesar da intensa
convocação e dos investimentos na divulgação do protesto, a mobilização
não repercutiu nas áreas populares e perdeu o alcance.
NOVOS FATOS COMPLICA A VIDA DE EDUARDO CUNHA NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
A situação política do presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) começa a ficar insustentável, após a divulgação de documentos
disponíveis na Justiça, que fortalecem as acusações do doleiro Alberto
Youssef. Cunha é
investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos políticos
suspeitos de participação no esquema de corrupção na Petrobras.
O doleiro confessou aos delegados federais, que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato,
que Cunha recebia propina desviada de um contrato firmado pela estatal
com as empresas Mitsui e Samsung relativo ao aluguel de
navio-plataforma. Segundo o Correio do Brasil, o lobista Fernando
Soares, o Fernando Baiano, suspeito de fazer o elo do PMDB com o
esquema, seria o responsável pela entrega do dinheiro sujo.
Durante uma briga interna, na quadrilha que assaltava os cofres da
Petrobras, segundo Youssef, a propina parou de jorrar. O doleiro relatou
que a reação de Cunha foi imediata. O terceiro nome na escala
sucessória, no país, disse Youssef, determinou a parlamentares do PMDB
que apresentassem dois requerimentos à Comissão de Fiscalização e
Controle da Câmara, com o objetivo de pressionar os controladores da
Mitsui.
RENAN CALHEIROS REVELA UMA " MÃOZINHA " DE TEMER PARA TIRAR HENRIQUE DA LISTA DE JANOT
Do Jornal de Hoje – O presidente do
Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado no Supremo
Tribunal Federal (STF) por participação no esquema do Petrolão, disse a
interlocutores que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB),
pressionou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para retirar o
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB),
da lista de políticos investigados na Operação Lava Jato.
A revelação está no blog do jornalista
Fernando Rodrigues, do portal UOL, repercutida desde o último sábado à
noite em todo o país. “O governo falava para todos que o [senador] Aécio
Neves [PSDB-MG] estaria na lista [da Operação Lava Jato]. O
[procurador-geral da República Rodrigo] Janot falou para umas dez
pessoas que estava sendo pressionado. Que o [vice-presidente da
República] Michel [Temer] pressionava para tirar o Henrique [Eduardo
Alves]. Que ele iria tirar. E que havia pressão para tirar o Eduardo
Cunha da lista. O Michel falou com ele [Janot] três vezes”, teria dito
Renan a interlocutores, segundo relatos de alguns deles apurado pelo
jornalista.
Durante seus diálogos, ainda na noite de
sexta, pouco após a confirmação da inclusão do seu nome, Renan
desabafou com interlocutores. Além de confirmar a articulação do
vice-presidente, Michel Temer, para “salvar a pele” de Henrique, o
presidente do Senado denunciava o que seria a articulação do Planalto
para sair do foco do problema.
“Ao Palácio do Planalto não interessava
tirar ninguém [da lista]. O jogo do governo era: ‘Quanto mais gente
tiver, melhor, desde que tenha o Aécio’. Essa era a lógica do Planalto. E
eles foram surpreendidos. Ela [Dilma] só soube que o Aécio estava fora
na noite da terça-feira, quando o Janot entregou os nomes para o
Supremo. Ficou p… da vida. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na
lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque essa é a estratégia deles.
Querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua. Foi algo
dirigido.
O ‘Jornal Nacional’ dizendo, veja só,
que ‘o Planalto confirma que Renan e Eduardo Cunha estavam na lista’.
Veja se tem cabimento? O Planalto confirmava? No dia seguinte, a mesma
coisa… Havia ali uma dezena de nomes, mas o Planalto deliberadamente
direcionou a cobertura da mídia para dois nomes. Dois nomes que
retiravam o governo momentaneamente dos holofotes. A Lava Jato envolve a
Petrobras, muitos do PT, mas por quatro dias foi só a presença de Renan
e de Eduardo Cunha na lista… No ‘Jornal Nacional’… E sempre repetindo
que o Planalto confirmava”, completou Renan Calheiros, sempre a
interlocutores, conforme relato de Fernando Rodrigues.
FONTE:MARCOS DANTAS
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