El Pais
– O Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil, sede dos últimos
Jogos Olímpicos e do Carnaval mais famoso do mundo, acaba de eleger
prefeito o líder evangélico Marcelo Crivella, de 59 anos. Sua vitória,
com 59,37% dos votos decide uma eleição que levou ao segundo turno as
duas faces do Brasil de hoje.
A folgada vitória de Crivella, do Partido Republicano Brasileiro
(PRB), braço político de sua igreja, foi impulsionada pelo eleitorado
evangélico, que representa um terço dos quase 4,9 milhões de votantes, e
pelos eleitores mais pobres e menos instruídos. Crivella, que disputava
sua terceira eleição a prefeito da cidade e já tentara se tornar
governador em 2006 e 2014, atraiu também os votos de seus aliados
políticos de centro e direita, como Índio da Costa (PSD) e Carlos Osório
(PSDB) e a maioria dos vereadores eleitos pelo PMDB, e da direita
radical, representada por Flávio Bolsonaro (PSC).
BASE DE TEMER VAI COMANDAR 81% DO ELEITORADO DO PAÍS
Os partidos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff e hoje
formam a base do governo de Michel Temer vão comandar 81% do eleitorado
do País. O resultado consolida uma ampla base municipal formada pelas
legendas com assento na Esplanada e, ao mesmo tempo, revela a ampliação
do espaço dos partidos nanicos.
Segundo O Estado de S. Paulo, das 57 municípios onde houve segundo
turno, siglas aliadas ao governo elegeram 46 prefeitos – sendo 12 em
capitais. Ao todo, contando o resultado do primeiro turno, foram 4.446
eleitos. A conta inclui PMDB, PSDB, PSD, PP, PSB, PR, DEM, PTB, PPS,
ELEIÇÕES MUNCIPAIS PODEM SER ANULADAS EM 147 CIDADES
O
Globo destaca que, dos candidatos a prefeito mais votados no primeiro
turno, 147 não obtiveram registro até agora. Eles entraram com recursos
judiciais e devem ter a situação definida pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) até o fim de dezembro.
Em caso de indeferimento definitivo do registro, será necessário
realizar nova eleição no município, de acordo com a minirreforma
eleitoral aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. A situação
ocorre em 22 estados.
“Agora a lei não permite mais que o segundo lugar assuma, em se
tratando de anulação da eleição, haverá a realização de eleição
suplementar, e isso certamente no futuro vai estimular a judicialização
gratuita, que é muito comum até aqui. Esse é um esforço que temos que
fazer até dezembro, para definirmos todas as situações”, afirmou o
presidente do TSE, Gilmar Mendes.FONTE:ROBSON PIRES
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