Do G1
O empresário Joesley Batista, um dos donos da holding J&F, disse nesta quinta-feira (7), em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que acreditar no conteúdo da conversa gravada entre ele e o diretor de Relações Institucionais do grupo, Ricardo Saud, é como acreditar em uma “conversa de bêbados.”
Joesley, Saud e o advogado da empresa, Francisco de Assis e Silva, prestaram depoimento na sede da PGR em Brasília para esclarecer o teor do áudio, que aponta omissão de informações dos três delatores aos investigadores da Lava Jato.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dependendo do resultado da investigação, os benefícios oferecidos a Joesley Batista e outros delatores poderão ser cancelados.
O depoimento desta quinta também atende a pedido da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de investigar falas dos delatores envolvendo ministros da Corte.
Na conversa, Joesley e Saud discutem como gravar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para ele “entregar” ministros do STF, o que poderia reforçar a delação dos executivos.
Fontes com acesso aos depoimentos informaram à TV Globo que Joesley disse nesta quinta que acreditar no audio é como acreditar em dois bêbados dizendo que a Coreia do Norte vai invadir os EUA.
Ainda de acordo com essas fontes, Joesley inocentou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de qualquer atitude ilegal e também negou qualquer irregularidade em seu contato com o ex-procurador da República Marcelo Miller, que foi acessor de Janot.
Comentários
CONFIANTE PARA 2° DENÚNCIA , TEMER COME RABADA E DOBRADINHA COM ALIADOS
Estadão Conteúdo
Confiante de que a reviravolta com a possível anulação da delação da JBS enfraqueceu uma eventual segunda denúncia, o presidente Michel Temer se reuniu no feriado de 7 de setembro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e ministros que estavam em Brasília para confraternizar.
Após participar do desfile cívico na Esplanada dos Ministérios, Temer foi a almoço na residência oficial de Maia, do qual também participaram os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Helder Barbalho (Integração Nacional), este último convidado de última hora.
O encontro foi regado a rabada e dobradinha, cardápio trazido pelo deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI), único parlamentar presente, além de Maia e Eunício. Temer passou mais de três horas no local: chegou pouco depois das 14 horas e só deixou a casa do presidente da Câmara por volta das 17h50.
Os ministros juram que não discutiram temas polêmicos, como a investigação aberta pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para apurar irregularidades e possíveis omissões no acordo de delação premiada dos executivos da JBS. “Foi um encontro social que havíamos programado domingo passado”, disse Imbassahy.
O ministro fez questão de ressaltar, porém, que Temer está tranquilo em relação a uma eventual segunda denúncia apresentada pela PGR. “Continua muito tranquilo, preparado para qualquer tipo de especulação, de colocação que venha, como foi na primeira vez, e confiante que isso não vai prosperar, até porque a verdade sempre vai prevalecer”, declarou.
Imbassahy afirmou ainda que “todos estão estarrecidos com os últimos acontecimentos envolvendo essa dupla já conhecida pelo Brasil”. Ele se referia aos delatores da JBS, Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, ex-diretor de Relações Institucionais do grupo J&F, que controla o frigorífico.
Comentários
PROCURADOR DA BARBICHA DISPARA: " MPF NÃO PODE CAIR NA VALA COMUM "
O procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, defendeu uma investigação “rápida e profunda” sobre as dúvidas que rondam a colaboração judicial da JBS. Em entrevista ao Blog do Josias , ele declarou: “O Ministério Público Federal ainda é uma instituição respeitada pela população. Não pode cair na vala comum. Não podemos deixar que joguem o Ministério Público na vala comum.”
Carlos Fernando comentou a situação do seu ex-colega Marcelo Miller. O áudio que ameaça a colaboração judicial da empresa de Joesley Batista aponta indícios de que Miller pode ter assessorado os delatores da JBS quando ainda trabalhava como procurador do núcleo da Lava Jato em Brasília. “Ele tem que ser rigorosamente investigado”, disse. “Nós temos que cortar na própria carne. Sem nenhum tipo de corporativismo.”
Os procuradores da Lava Jato estão preocupados também com a preservação do instituto da colaboração premiada. “Temos o receio de que alguns intérpretes espertos, sempre muito rápidos no gatilho, usem esse tipo de situação para tentar acabar com os acordos de colaboração”, declarou Carlos Fernando.
Comentários
DILMA DIZ QUE DEPOIMENTO DE PALOCCI É FICÇÃO E FALA EM " COLABORAÇÃO IMPLORADA "
As declarações do ex-ministro Antonio Palocci em seu interrogatório na quarta-feira (6) são uma “ficção”, disse a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em comunicado divulgado por sua assessoria de imprensa nesta quinta-feira (7). Réu em um processo sobre um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras, Palocci foi ministro dos governos de Dilma e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também é acusado na ação penal que tramita na Justiça Federal no Paraná, sob responsabilidade do juiz Sergio Moro.
“O senhor Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de Dilma em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à empresa Odebrecht seja durante o mandato do presidente Lula ou no primeiro governo dela”, diz a nota. “Tais encontros ou tratativas relatadas pelo ex-ministro jamais ocorreram. Relatos de repasses de propinas também são uma mentira”.BLOG: O PRIMO
Nenhum comentário:
Postar um comentário