Estadão destaca que, em seu terceiro ano como presidente, Dilma
Rousseff assistiu ao esfacelamento do “núcleo duro” de apoio a seu
governo na Câmara dos Deputados, que já foi formado por 17 partidos e
hoje abriga apenas petistas e remanescentes de outras sete legendas.
O núcleo duro – formado pelos parlamentares que votam com o governo
90% das vezes ou mais – era integrado em 2011 por 306 dos 513 deputados.
Ou seja, Dilma podia contabilizar como aliados fiéis seis em cada dez
dos membros da Câmara. Desde então, esse núcleo vem encolhendo, e
atualmente se resume a 101 deputados, segundo revela o Basômetro,
ferramenta online do Estadão Dados que mede a taxa de governismo do
Congresso.
Dos nove partidos que abandonaram totalmente a linha de frente de
apoio ao governo, três são de tamanho médio – PR, PSD e PSB. Os demais
se enquadram na categoria dos “nanicos”, com bancadas de menos de dez
integrantes (PMN, PTC, PRTB, PSL, PT do B e PRB).
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Dilma aos ministros: a ordem é arrochar e enquadrar
Os presidentes, os líderes e os ministros de cada um dos partidos aliados estão sendo chamados ao Planalto, diz Ilimar Franco na sua coluna do GLOBO deste domingo. Segundo o colunista, a rodada de cobranças começa a partir desta segunda-feira. O governo quer se assegurar que as bancadas aliadas não vão se rebelar nas votações polêmicas das próximas semanas.”A expectativa é dobrar o PDT e o PSB, no caso da votação da Lei dos Royalties, quanto à destinação dos recursos do Fundo Social para a educação e a saúde. E dar um jeito no PSD, do recém nomeado ministro da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, que trabalha com garra para derrubar, no Congresso, o veto à multa de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa.”
Governo federal paga passagens aéreas superfaturadas
O
vaivém de servidores públicos e de integrantes do primeiro escalão do
governo pelos ares do Brasil e do exterior custou aos cofres públicos R$
890 milhões no ano passado. O valor total é uma das pistas que revelam o
descontrole dos gastos com passagens aéreas, motivado pela falta de
planejamento na compra de bilhetes e também por uma irregularidade
identificada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de
Contas da União (TCU): a adulteração de bilhetes para superfaturamento
das tarifas e a cobrança de taxas inexistentes.
O gasto de quase R$ 1 bilhão registrado no ano passado reúne apenas
as compras da administração pública federal direta. A maioria das
licitações dos órgãos públicos escolhe as agências de viagem que
oferecem os maiores percentuais de desconto durante a concorrência
pública. Para faturar os contratos milionários com o governo, algumas
empresas praticam descontos superiores à possibilidade econômica, em
percentuais muito acima das comissões recebidas das companhias aéreas.
Para fechar essa conta, muitos empresários do turismo incluem nos
bilhetes emitidos para o governo valores superiores aos cobrados pelas
empresas aéreas, embutindo um lucro oculto. Representantes de várias
agências ouvidos pela reportagem reconheceram que essa é uma prática
usada para faturar contratos em licitações.TAGS:LICITAÇÕES
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