O deputado federal (e aliado histórico), João Maia, do PR, cobrou e o
PMDB, ao que parece, atendeu. Neste veraneio, o partido quer viabilizar
o nome do empresário Fernando Bezerra para o Governo do Estado e já
começa neste final de semana a por o plano em prática.
No sábado, por exemplo, o partido se reúne em Jacumã para discutir os
próximos passos do trabalho. A necessidade é, primeiro, mostrar que
Bezerra é viável dentro do partido para, depois, lançá-lo oficialmente.
Uma etapa depende, diretamente, da outra.
Isso porque o nome de Fernando Bezerra não é unanimidade dentro da
sigla. Alguns têm desconfiança dele pelo período que ficou afastado da
política e o “espaço” perdido, sobretudo, diante de uma disputa contra a
ex-governadora Wilma de Faria, do PSB, que cresce nas pesquisas de
intenção de voto. Para esses, o PMDB, por meio de Henrique Eduardo
Alves, estaria trabalhando para convencer Wilma a ser candidata ao
Senado, apoiando o nome de Fernando Bezerra para o Governo.
Há outra desconfiança no que diz respeito ao interesse. Em diversas
entrevistas concedidas desde começou a ser cogitado para o cargo,
Fernando Bezerra deu declarações que dão a entender um eventual
“desinteresse”. “Você há de convir que estou afastado há seis, sete anos
da política, e não tenho tido convivência política com ninguém. Tenho
tido convivência social com os políticos. Eu também não estou disposto
para me viabilizar em busca de uma candidatura… Não sou eu que estou
buscando. Se o partido me quer candidato, é o partido que deve buscar
condições políticas”, afirmou Fernando Bezerra em entrevista ao próprio
JH neste ano.
Agora, a situação que o PMDB passa é outra. Fernando Bezerra estaria
interessado na disputa. Alias, mais que isso: entusiasmado. Na coluna
Radar On-line, da Veja, assinada pelo jornalista Lauro Jardim, conta-se
que, em Jacumã (onde Henrique e Bezerra têm casas), “entre um brinde e
outro durante a festa da virada de ano, na casa de Bezerra, Henrique
Alves (presidente da Câmara dos Deputados e líder estadual do PMDB)
ouviu do anfitrião que não falta-lhe entusiasmo para concorrer à
cadeira”, escreveu o jornalista.
Entre os críticos internos do PMDB está o prefeito de Caicó, Roberto
Germano. Nesta semana, o gestor afirmou que o partido “pecou por não ter
lançado logo uma candidatura ao governo do estado, não ter definido um
nome e ter preparado um nome para ser candidato a governador. Teve a
avaliação de Rosalba. Wilma viu esse espaço aberto e ocupou. No inicio
tímida, mas ela começou a ter receptividade positiva e se jogou de cara e
com um projeto. Inicialmente a deputada federal, depois a senadora e
agora até a governadora. É inegável que ela é bem avaliada, mas faltam
dez meses para as eleições. Na minha opinião, ela se elege ao que
quiser, já que deixaram ela muito solta”.
A postura crítica vai de encontro, justamente, ao que pregou o
ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. Na semana
passada, ao defender que o nome do partido em 2014, na opinião dele,
deveria ser Fernando Bezerra, Garibaldi cobrou a união da sigla, para
não repetir o que aconteceu em 2010, quando o PMDB se dividiu e um lado
foi apoiar Rosalba Ciarlini (o lado de Garibaldi) e o outro foi para
Iberê Ferreira (o de Henrique).
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