Repórter de Política – Jornal de Hoje
A pré-candidata do PT ao Senado, Fátima Bezerra, disse que o
pré-candidato do PMDB a governador, Henrique Eduardo Alves, e o seu
vice, João Maia (PR), “não têm moral” para criticar a gestão da
governadora Rosalba Ciarlini (DEM), porque participam, ainda hoje, com
indicação de cargos, da gestão estadual. A petista também criticou o que
classificou de falta de coerência da pré-candidata do PSB ao Senado,
Wilma de Faria. Segundo a deputada federal, Wilma está sendo incoerente
por criticar áreas do governo Rosalba que não funcionam sem dizer que os
responsáveis pelos desacertos foram indicados do PMDB e do PR, partidos
comandados em nível estadual por Henrique e João Maia, respectivamente.
“Estranho e incoerente é Wilma criticar as áreas do governo que não
funcionam sem dizer que os responsáveis pelos desacertos foram indicados
do PMDB, do PR, do DEM, do PSDB e de outros partidos, agora aliados
dela. Logo ela que já foi governadora e sabe que as responsabilidades de
um governo são coletivas”, afirmou Fátima em nota, distribuída à
imprensa no final da manhã de terça, momentos após uma entrevista
concedida pela ex-governadora Wilma de Faria à Rádio Cidade (94 FM).
Ao criticar a incoerência de Wilma, Fátima expôs um fato incômodo a
Henrique, Wilma e João Maia. Ela disse que Wilma “fecha os olhos para o
fato de que esse governo foi e continua sendo o governo do DEM e PSDB,
que não saíram do governo, mas também do PMDB e do PR entre outros
partidos que continuam ocupando cargos na gestão de Rosalba”. E mais: de
acordo com a petista: As críticas a Rosalba, quando feitas por Henrique
e João Maia, “são de forma muito superficial e sempre são críticas
pessoais a ex-comandante agora abandonada, exatamente porque”, completou
a petista, Henrique e João Maia “não têm moral para criticar a gestão
da qual são responsáveis diretos’”.JORNAL DE HOJE
MAIS INCOERÊNCIA
Além de apontar grave incoerência nos discursos de Henrique e João
Maia, Fátima Bezerra atacou também a suposta incoerência de Wilma, que
disse “não ter preconceito e poderá aceitar” o apoio do DEM de Rosalba,
caso o partido, presidido nacionalmente por José Agripino Maia (DEM),
venha a consolidar sua participação, já acertada entre líderes, na
composição do chamado acordão com PMDB, PR, PSB e outras legendas. Para
tanto, basta que o diretório estadual do DEM, em votação a ser realizada
na próxima segunda-feira, decida pela não candidatura à reeleição da
governadora Rosalba Ciarlini, como está previsto para acontecer, dada a
liderança de Agripino ser maior que a de Rosalba entre os componentes
com direito a voto no DEM. “Estranho é a vice-prefeita aderir a uma
coligação da qual o DEM faz parte e achar que pode continuar a fazer
críticas pessoais a Rosalba Ciarlini como se o governo fosse obra de uma
única pessoa”, continuou Fátima Bezerra.
As declarações de Fátima Bezerra foram uma resposta às palavras de
Wilma, que na manhã de terça, afirmou em entrevista ao “Jornal da
Cidade” (94 FM), que o PT não poderia criticar o acordão, porque quis
estar nele, “e só não está porque o PMDB não quis”. No texto distribuído
por sua assessoria, Fátima admite que “durante o ano de 2013 o PT
tentou sim construir uma frente dos partidos da base de apoio ao governo
da presidenta Dilma que não fizessem parte do governo do DEM,
coerentemente com o projeto nacional em curso e com a oposição que faz
ao governo estadual. Ocorre que quando o PMDB decidiu incorporar o DEM e
o PSDB, o PT comunicou publicamente que não participaria de um palanque
com essa configuração. Portanto, não foi o ‘PMDB que não quis’, foi o
PT que não aceitou, por questão de coerência”, disse a nota da
parlamentar petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário