Do G1 - Um dia após ser denunciado pela
Procuradoria Geral da República (PGR) na Operação Lava Jato, o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que
não cogita renunciar ao cargo, mesmo diante da possibilidade de se
tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele fez a declaração
durante evento com sindicalistas na sede da Força Sindical, em São
Paulo, nesta sexta-feira (21).
"Não há a menor possibilidade de eu não continuar no comando da
Câmara, abrindo mão daquilo que a maioria absoluta me elegeu em primeiro
turno. Renúncia é um ato unilateral. Isso não faz parte do meu
vocabulário, e não fará. Assim como covardia", afirmou em discurso.
Eleito para a presidência da Câmara em fevereiro, Cunha tem mandato
até 2017. Ele diz ser inocente e que foi "escolhido para ser
investigado".
O parlamentar chegou ao evento na capital paulista por volta das
10h20 e foi recebido por aproximadamente 200 pessoas que gritavam
"Cunha, guerreiro do povo brasileiro".
'Sereno'
"Ninguém pode ser previamente condenado. Estou absolutamente
sereno. Nada alterará o meu comportamento. Não adianta nenhuma
especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão
de nenhum direito. Não vou retaliar quem quer que seja", declarou Cunha
aos integrantes da Força Sindical.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou nesta
quinta-feira (20) ao STF denúncias contra Cunha e contra o senador
Fernando Collor de Mello (PTB-AL) por suposto envolvimento no esquema de
corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. BLOG A FONTE
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