O Jornal de Hoje
destaca que ao justificar posição contrária ao impeachment da
Governadora Rosalba Ciarlini (DEM), o líder do governo na Assembleia
Legislativa, deputado estadual Getúlio Rego (DEM), disse, nesta terça
(29), que durante o governo da pré-candidata ao Senado pelo PSB, Wilma
de Faria (2003 a 2010), houve "escândalos escancarados", que,
entretanto, não renderam afastamento da então governadora por crime de
responsabilidade, como o que se propõe agora em desfavor de Rosalba.
Neste sentido, o deputado criticou suposta omissão do Movimento
Articulado de Combate à Corrupção (MARCCO), autor do pedido de
impeachment contra a democrata, na gestão passada, afirmando que a
entidade silenciou na administração do PSB. Para o parlamentar, não há
razões para o impeachment da atual governadora.
"As razões, do meu ponto de vista de avaliação dos argumentos, para
instalação de um impeachment contra Rosalba são fragilíssimas. Porque no
passado recente o RN testemunhou escândalos escancarados com dinheiro
público e nunca o MARCCO veio pedir impeachment do governante", disse
Rêgo, citando o Foliaduto – contratação fraudulenta de bandas para o
réveillon de 2005 e o carnaval de 2006 -, Hygia – que resultou na
prisão, pela Polícia Federal, do filho da ex-governadora Wilma de Faria,
o advogado Lauro Maia -, e Ouro Negro – fraude com tributos estaduais
que resultaram em sangria aos cofres do Estado.
"Foliaduto, Hygia… Precisa de mais? Ouro Negro… E ninguém viu pedido
de impeachment", criticou. "Eu acho que o juiz, para julgar os
governantes, é o povo. Na democracia, quem tem que botar e tirar é o
povo, na hora que não se comportar direito", completou.
Na quinta passada, o MARCCO protocolou pedido de impeachment contra a
atual governadora Rosalba Ciarlini. A entidade alega crime de
responsabilidade da governadora e pede seu imediato afastamento do
cargo. Ontem, o pedido foi lido na Assembleia Legislativa. Agora, o
processo tramitará na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
CORRUPÇÃO
De acordo com Getúlio Rêgo, se houvesse corrupção comprovada na
gestão Rosalba Ciarlini, o impeachment faria sentido. "Na hora que
houvesse no RN um caso de corrupção flagrante, escancarado. Mas não há
na petição nenhum pedido nesse sentido. Então, votarei contra na CCJ por
entender que isso é uma fantasia", acrescentou.
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