O prefeito de Lajes, Benes Leocádio
(PMDB), que disputou o que seria o seu terceiro mandato à frente da
Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, parabenizou o eleito,
prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior (PMDB), e disse que vai
continuar colaborando e torcendo pela Federação.
Na eleição mais concorrida de toda a
história da Femurn, o ex-presidente deixa para o sucessor, uma conta
bancaria recheada: 1 milhão de reais.
Depois de entrevistado pelo Blog, Benes
fez a entrega, ao eleito, do extrato bancário, comprovando o valor, que
deverá ser utilizado na construção da sede própria da entidade.
Sobre interferências políticas no processo, considerou naturais, visto que se vive hoje uma democracia.
Thaisa Galvão – Como o senhor define essa eleição e o seu resultado?
Benes Leocádio –
Respeitamos o resultado, parabenizamos o eleito, desejamos boa sorte e
que corresponda à expectativa dos colegas prefeitos e prefeitas do
Estado, para que cumpra a missão de melhor representar a nossa entidade.
Fico feliz até porque muito contribuí com o engrandecimento da
entidade, e esse processo democrático só fortalece a sua história e o
seu futuro. Estou aqui como municipalista.
Thaisa Galvão – Qual vai ser o papel agora do prefeito de Lajes na Federação? Vai continuar filiado, vai colaborar?
Benes Leocádio –
Filiado, torcedor e participante de toda e qualquer luta em que a Femurn
esteja à frente. Eu deixo a entidade hoje com essa disputa em que
saímos derrotados, mas vitoriosos pela importância que a nossa entidade
ganhou. Se houve essa disputa que está tendo hoje aqui, foi graças ao
fortalecimento e a credibilidade que ela adquiriu ao longo da sua
existência. Então fico feliz por contribuir com esse momento.
Thaisa Galvão – Você informou ontem que a Femurn tem 1 milhão em caixa. Esse dinheiro já está na conta?
Benes Leocádio – Ao
longo de muitos anos, 5 anos, e fiz com muita honra economizando 10, 15
mil reais por mês, sonhando um dia ver a nossa sede construída. Se
comprasse o terreno não poderia fazer a sede, eu acredito agora que o
meu colega, que agora se elege, vai, não mais tentar, vai começar esse
compromisso que é de todos nós municipalistas, até porque a casa, a sede
de nossa entidade será o local de todos nós municipalistas do Rio
Grande do Norte. É esse o desejo e o que for preciso estarei
contribuindo. O dinheiro está em conta, escutando a conversa, tô com o
extrato aqui na mão.
Thaisa Galvão – O que você
diz sobre interferência política nessa eleição? Muito se falou que houve
tanto de um lado quanto do outro…
Benes Leocádio – Se
acaso houve eu respeito todas, de lado a lado, até porque nós vivemos
num processo político democrático. Não concordo é que determinadas
estruturas possam achar que a Femurn esteja a serviço desse ou daquele,
mas a impressão que fica e que levo para casa é de não acreditar nisso.
Se existiu, que fique como coisa menor, não para atrapalhar o futuro e a
vida da nossa Femurn.
O EMPRÉSTIMO DE R$ 950 MILHÕES E O BRULHO SILENCIOSO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O silêncio na Assembleia Legislativa está mais barulhento do que se imagina.
Desde que segunda-feira que o clima ferve
em torno do projeto que garante ao governo um empréstimo de 850 milhões
de reais, junto ao Banco do Brasil.
No projeto aprovado em dezembro, o
dinheiro teria, entre outras finalidades, o pagamento de contrapartidas
de obras federais, e a contemplação de municípios através de um fundo
criado, discutido, aprovado.
Porém, o projeto que saiu da Assembleia
para a Governadoria, retornou à Assembleia com algumas alterações,
causando discussões em torno de algo que não existia.
Deputados governistas defendiam um projeto, mas na realidade o que estava no papel era outro.
Sentindo-se contrariado com a mudança sem
combinar com os russos, no caso, os deputados aliados, o deputado José
Dias foi despachar ontem com o governador Robinson Faria.
Alegando que ficou falando o que não
existia na reunião silenciosa e sem mídia realizada na segunda-feira,
Dias pediu ao governador para impedir que o Gabinete Civil altere os
textos a serem encaminhados aos deputados sem combinar…com os russos.
O disse-me-disse silencioso, sem mídia,
tem atrasado a convocação extraordinária da Assembleia, muito embora as
sessões extraordinárias já estejam acontecendo com essas reuniões.
Hoje os pontos relacionados ao plano de
aplicação de empréstimo foram explicados aos deputados pelo secretário
de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira, pelo Consultor Eduardo
Nobre e pelo Procurador, Francisco Wilkie.
Participaram os deputados Ricardo Motta
(PROS), presidente da AL, mais José Dias (PSD), Fernando Mineiro (PT),
Getúlio Rêgo (DEM), Raimundo Fernandes (PROS), Tomba Farias (PSB), Kelps
Lima (SDD), Nélter Queiroz (PMDB), George Soares (PR) e Gustavo
Fernandes (PMDB).
Em meio às explanações, o secretario
Gustavo Nogueira sugeriu chamar à reunião a chefe da Casa Civil do
Governo, Tatiana Mendes Cunha.
Foi aí que o deputado José Dias pipocou…
E disse que Tatiana nem era governadora nem deputada, logo, não deveria participar das reuniões.
Dias reclamou que as alterações no texto, sem combinar com os russos, foram feitas pela Casa Civil.
Daí a subida ligeira dele na rampa da Governadoria, ontem pela manhã.FONTE:THAISA GALVÃO
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