Investigadores
da Lava Jato apontam que um grupo ligado ao ex-presidente e senador
Fernando Collor (PTB-AL) recebeu cerca de R$ 26 milhões em suposta
propina do esquema de corrupção da Petrobras entre 2010 e 2014. Segundo a
Folha de São Paulo, o esquema vinculado ao congressista, segundo as
investigações, envolvia assessores do Senado, colaboradores, empresas em
atividade e outras suspeitas de serem de fachada.
As fontes dos repasses, segundo a Lava Jato, eram contratos de troca
de bandeira de postos de combustível celebrado entre a Petrobras
Distribuidora e a DVBR Derivados do Brasil. Os representantes de Collor
seguiam uma “cartilha” para tentar dificultar a identificação do
esquema, com várias transações financeiras para não chamar atenção dos
órgãos de controle, como depósitos fracionados.
LAVA- JATO: ASSESSOR DE HENRIQUE ALVES NEGA QUE TENHA RECEBIDO DINHEIRO
Segundo investigações da Polícia Federal, a quebra do sigilo bancário
da empresa Piemonte, usada pelo lobista Júlio Camargo para repassar
propinas da Petrobras, revelou que José Geraldo Fonseca, assessor do então deputado federal Henrique Alves, teria recebido R$ 767.500,00 do esquema criminoso.
O próprio José Geraldo diz que não recebeu oriundo da estatal. Seria
um homônimo. O nome em questão aparece no laudo pericial da Polícia
Federal, de nº 1342/2015, que apresenta, entre os destinatários de
propina dos desvios de recursos da Petrobras, José Geraldo Fonseca.
"É MAIS FÁCIL MATAREM DIRCEU DO QUE ELE FAZER UMA DELAÇÃO" , DIZ ADVOGADO
O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval,descartou a possibilidade do petista fazer um acordo de delação premiada.
“É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação premiada”,
disse Podval à reportagem. O criminalista também afirmou que não há
chances do irmão do petista, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, firmar
uma negociação com o Ministério Público Federal.
Os dois estão presos desde segunda (3), quando foram alvos da 17º fase da Operação Lava Jato, batizada de “Pixuleco”.
Na manhã desta terça (5), a colunista Mônica Bergamo publicou uma
mensagem enviada por Dirceu à coluna afirmando que não cogitava fazer um
acordo de delação. “Primeiro porque não tenho o que delatar. Segundo
porque não tem nada a ver com minha vida e trajetória”, disse o
ex-ministro.
A defesa de José Dirceu recebeu a informação de que o depoimento do
petista não deve ser marcado para esta semana pela Polícia Federal.G1
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