quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CONTAS REJEITADAS DE DILMA É CONSIDERADA IRREVERSÍVEL NO "TCU"



A rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff no TCU (Tribunal de Contas da União) é considerada internamente como irreversível. O mais provável é uma derrota unânime, apurou a Folha –com voto contrário dos nove ministros da corte. O governo tem entre três e quatro semanas para tentar reverter o quadro. A votação deve ocorrer na primeira semana de outubro.
Na última semana, o governo entregou sua defesa final para as 15 irregularidades apontadas pelo TCU. Entre elas estão o pagamento de despesas da União por bancos públicos e gastos sem autorização do Congresso. A defesa oscila entre dizer que os atos não são ilegais e que, se forem, já ocorriam e foram permitidos pelo próprio TCU. O parecer do tribunal será levado ao Congresso. Se houver rejeição das contas e a posterior confirmação do veredicto pelos parlamentares, abre-se caminho para um pedido de impeachment de Dilma.
O desrespeito aos princípios do orçamento público já colocariam o governo em situação complicada. Mas o enfraquecimento da presidente e estratégia de sua defesa ajudaram a piorar ainda mais o ambiente.

GOVERNADORES DEFENDEM CPMF E NEGOCIAM COM CONGRESSO



Reunidos com parlamentares da base aliada no Congresso Nacional, governadores de oito estados – Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Piauí, Alagoas, Ceará, Amapá e Minas Gerais – e representantes de Sergipe, Acre e do Rio Grande do Sul reiteraram, nesta quarta-feira (16), que são favoráveis à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como foi proposta pelo governo há dois dias. Eles estiveram reunidos hoje com os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha.
Os governadores defendem que a arrecadação não fique apenas com a União e que o percentual cobrado seja superior ao 0,2% sinalizado, para que seja dividido também com estados e municípios.
“Estamos irmanados em defesa da CPMF e pedindo ampliação para 0,38%”, defendeu o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Ele explicou que a proposta dos estados é pelo compartilhamento da contribuição para ser investida nas áreas de seguridade social e saúde. “São os dois grandes gargalos nos estados e municípios, porque retiraram a CPMF e não colocaram nada no lugar.”
Na conversa sobre o pacote econômico com os parlamentares, Pezão disse que a contribuição só foi derrubada há oito anos porque destinava os recursos exclusivamente para a União. Para ele, “nunca é tarde” para o retorno da CPMF. Pezão disse acreditar que há apoio mesmo entre os governadores de oposição.
Wellington Dias, governador do Piauí, disse que governadores de partidos contrários ao governo reconsideraram posições a partir do momento em que foi ampliada a discussão para a situação de estados e municípios. “No primeiro momento, o posicionamento era um percentual de 0,2% apenas para União”. Na opinião dele, assim seria difícil aprovar a CPMF no Congresso.FONTE:MARCOS DANTAS

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