domingo, 23 de fevereiro de 2014

BRASILEIROS DIZEM QUE MUDANÇA SÓ SE FOR COM A PERMANÊNCIA DO PT NO PODER


Os brasileiros seguem desejando mudança, uma tendência captada nas pesquisas recentes do Datafolha. Agora, 67% dizem desejar que o próximo presidente adote ações diferentes da atual administração. Desta vez, o Datafolha foi além no levantamento dos dias 19 e 20 e indagou aos entrevistados qual dos pré-candidatos a presidente estaria mais preparado para adotar as tais mudanças no jeito de governar o país. Encabeça a lista o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontado por 28% como o melhor agente para promover mudanças no Brasil. Em segundo lugar está a atual ocupante do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, com 19%. Ou seja, os dois petistas somam 47% das preferências.

12994

Em seguida aparecem como aptos a operar mudanças no país Joaquim Barbosa (14%), Marina Silva (11%), Aécio Neves (10%) e Eduardo Campos (5%). Essa pergunta foi estimulada pelo Datafolha, mostrando os nomes dos políticos. Os entrevistados só podiam escolher uma das opções apresentadas. O resultado dessa sondagem corrobora a tese segundo a qual os candidatos de oposição até o momento foram incapazes de incorporar o papel de representantes das mudanças desejadas pelo eleitorado.
Embora esse sentimento a favor de mudanças seja sempre alto, não se trata de algo homogêneo. A taxa é de 60% em cidades pequenas (até 50 mil habitantes) e sobe para 75% nas metrópoles (mais de 500 mil habitantes). No Sudeste, 71% desejam ações diferentes do próximo governo. No Nordeste, o percentual desce para 64%. No Centro-Oeste e no Norte, é de 58%. Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de mudancistas vai a 70%. Na faixa dos que têm 60 anos ou mais, o percentual cai para 59%. Eduardo Campos é o mais jovem pré-candidato a presidente, com 48 anos. Segundo o Datafolha, entre os que declaram voto no candidato do PSB, 91% pedem mudanças no próximo governo.

Datafolha revela que eleitores de Aécio Neves estão em sintonia com os de Eduardo Campos


O discurso oposicionista de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) aproximou os eleitores de ambos. A última pesquisa Datafolha aponta que 53% dos eleitores que dizem votar no governador de Pernambuco optariam pelo senador mineiro em um eventual segundo turno contra Dilma Rousseff. Em novembro, essa proporção era de 47%. A migração também aumenta na mão oposta: 48% dos eleitores do tucano escolheriam o pessebista contra Dilma. Antes, eram 41%. A informação é da colunista Vera Magalhães. 

Joaquim Barbosa e Marina poderiam forçar 2º turno


Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, por enquanto, o único fator que pode causar alguma disrupção para Dilma Rousseff no cenário da eleição presidencial é a eventual entrada de Joaquim Barbosa e Marina Silva na disputa --algo que hoje parece improvável. Nessa hipótese testada pelo Datafolha na pesquisa dos dias 19 e 20, Dilma Rousseff (PT) lidera com 40%.
No entanto, a soma dos adversários da presidente chega a 43%, assim divididos: Marina Silva (PSB) pontua 17%; Joaquim Barbosa (sem partido) tem 14% e Aécio Neves (PSDB) marca 12%. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, não é possível dizer que haveria segundo turno. Há uma situação de empate técnico quase no limite estatístico da pesquisa. Ainda assim, essa seria hoje a única situação em que a presidente Dilma Rousseff ficaria mais apertada para vencer a disputa pelo Planalto.
Quando sai Marina Silva e entra Eduardo Campos, a taxa de intenção de votos do candidato do PSB é de 8%. Aécio fica com 14%. Joaquim pontua 16%. Juntos, os três somam 38% contra 42% de Dilma Rousseff. A diferença de quatro pontos percentuais é o limite máximo da margem de erro --uma situação pouco provável de se materializar na prática.
O Datafolha testou os nomes de Joaquim Barbosa e de Marina Silva porque ambos sempre aparecem nas análises políticas de vários partidos. Mas eles têm dado sinais de que não participarão da corrida presidencial de outubro deste ano. Marina Silva pode não disputar nenhum cargo ou, opção mais provável hoje, ser a candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos.
Joaquim Barbosa tem reiterado que não será candidato a presidente da República neste ano. Deixa em aberto nas suas declarações uma eventual disputa a outros cargos ""por exemplo, a vaga ao Senado pelo Estado do Rio de Janeiro, onde o magistrado tem domicílio eleitoral. Para estar apto a disputar um cargo, Barbosa precisa deixar o STF até 5 de abril (seis meses antes da eleição) e se filiar a um partido.

12993

Dilma para de subir, mas seria reeleita no 1º turno

Da Folha de São Paulo - Quase nada se alterou de novembro até agora na popularidade da presidente Dilma Rousseff e nas taxas de intenção de voto que ela obtém para a corrida pelo Planalto. Ainda assim, a petista continua numa posição confortável e venceria hoje a disputa no primeiro turno, com mais da metade dos votos válidos. Esse é o resumo da pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20 em 161 cidades de todo o país. Foram entrevistadas 2.614 pessoas.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Dilma Rousseff desfrutava de uma ampla aprovação para seu governo até a metade do ano passado. Em março, segundo o Datafolha, 65% consideravam sua administração boa ou ótima. No início de junho, a taxa caiu para 57%. Em seguida, despencou para 30% no final daquele mês, na esteira de protestos de rua no país.
A presidente começou então uma recuperação lenta e gradual. Chegou a 41% no final de novembro, última pesquisa do Datafolha em 2013. Agora, no primeiro levantamento deste ano, continua com os mesmos 41%. Há, entretanto, uma diferença. O percentual dos que consideram seu governo ruim ou péssimo foi de 17% para 21%. E a taxa dos que achavam a gestão regular desceu de 40% para 37%. Ou seja, a estabilidade da aprovação de Dilma não é completa.
PRIMEIRO TURNO - Nos principais cenários eleitorais pesquisados pelo Datafolha, Dilma Rousseff manteve-se também no mesmo lugar em que estava no final de novembro. Vence no primeiro turno com 47% das intenções de voto contra 17% de Aécio Neves (PSDB) e 12% de Eduardo Campos (PSB). A vitória na primeira rodada ocorreria porque a petista tem mais do que a soma dos demais adversários. Aécio Neves e Eduardo Campos ficaram também no mesmo lugar, com variações dentro do limite da margem de erro. O tucano, entretanto, teve sua taxa reduzida pela segunda pesquisa consecutiva, o que indica uma tendência de queda gradual.
Quando Marina Silva (PSB) aparece como candidata no lugar de Campos, pontua 23%. Mas em novembro tinha 26%. Em outubro, 29%. Nesse cenário, Dilma também vence no primeiro turno, com 43%. Aécio fica com 15%. Quando Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do PT, o ex-presidente mantém seu desempenho sempre superior ao de Dilma. Ele venceria hoje a disputa com 51% ou 54% das intenções de voto, dependendo do cenário proposto.

Nenhum comentário: