Artigo assinado pelo deputado e jornalista Agnelo Alves, hoje na Tribuna do Norte:
A
praça está como sempre esteve e sem sinal de mudança, cheia de boatos e
também de fatos. O que não distingui, ainda, é se os boatos têm origem
nos fatos ou se os fatos têm origem nos boatos, difundidos para
força-los. Uma matemática, digamos assim, difícil em política, exigindo
paciência, além de conhecimento dos fatos e dos boateiros. Já houve um
tempo em que dava trato à bola. Ou estimulava os boatos ou resguardava
os fatos ao meu alcance. Hoje, me divirto mais com os boatos quando
conheço os fatos. Outro dia, dei férias por um dia aos chamados assuntos
gerais nas tardes após o almoço e resolvi ouvir os fatos e boatos de
quem com seriedade conhece os fatos, mas não despreza os boatos. Calado
estava, calado continuei, exceto quando a conversa ameaçava murchar.
Resolvi
passar dos fatos e boatos para o que poderia ser o ensaio de uma
pesquisa, perguntando ao meu autorizado interlocutor sobre se acreditava
em um “acordão” como estavam propagando. Não. Não acreditava. Mas se
acontecesse, não teria êxito eleitoral. Fiz uma ressalva: “Salvo se o
‘acordão’ englobado – palavra textual – não tiver um líder e candidato
com credibilidade”. Vamos dar nomes aos bois, propus. A contraproposta
foi imediata para se desenhar um cenário com os personagens conhecidos
da “fauna” política. Conversa só entre nós dois, para agora e para
sempre? Melhor simularmos apenas o cenário. A floresta partidária é
enorme. Partidos demais. Tantos que já não se fala mais em esquerda nem
em direita. A moda agora é “estatização e privatização”.
Realmente,
os que outrora eram de esquerda hoje pululam nos galhos das árvores
frondosas da direita. Bela convivência pacífica, na maior tranquilidade.
Já não se fala mais em ideologia. Até a governadora Rosalba fala e
avoca um tema que foi lançado pela senhora Marina Silva. O tema da
“Sustentabilidade”. A governadora o avocou e lançou o “RN Sustentável”. É
a mesma coisa? Não é, concordamos. É um derivativo, para não entrarmos
em desacordo. Encompridamos o papo via Natal/Pirangi e Pirangi/Natal.
Alguma conclusão? Nenhuma. Fim.
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