Novo levantamento realizado pelo Correio Braziliense
expõe um festival de falsificações de fichas de apoio necessárias para a
criação do Solidariedade e evidencia que o golpe se espalhou por vários
cartórios eleitorais do Distrito Federal. O partido alega que foi
vítima de sabotagem. A tese propagada pelas lideranças é de que
infiltrados tinham entregue os documentos falsos para prejudicar a
criação da legenda. No entanto, documento obtido pelo Correio desmonta a
justificativa da legenda ao apontar que vários lotes de fichas com
assinaturas falsas, incluindo os nomes de dois mortos, foram entregues à
Justiça Eleitoral pelo motorista Luiz Carlos Moura, lotado no gabinete
do presidente do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho da Força. Moura confirmou que entregou as fichas no cartório da
Asa Norte e no de Águas Claras.
Nos novos lotes analisados, o ouvidor-geral do TCU, Eduardo Dualibe
Murici; o presidente nacional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), Haroldo Pinheiro Villar; e até o dono de um cartório em
Florianópolis foram vítimas da fraude ignorada pela Justiça Eleitoral.
Há situações em que a mesma pessoa assinou mais de uma ficha de apoio.
Em todos os casos, novamente, os “apoiadores” alegam que nunca assinaram
absolutamente nenhum documento de apoio à nova legenda. Além disso, são
ou foram filiados ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do
Tribunal de Contas da União (TCU).
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