A
escalada do dólar tem sido firme e constante. Nos 12 meses encerrados
na sexta-feira, a desvalorização do real em relação à moeda americana
chegou a 71,57%. Uma perda maior para o mesmo período só ocorreu em
março de 1999, de acordo com cálculos da consultoria Tendências.
No ano em que o País abandonou a âncora cambial, a moeda brasileira
desvalorizou 91,6%. A mudança de patamar do câmbio está provocando uma
desorganização momentânea da economia e impactando diretamente o
cotidiano das pessoas e das empresas.
EM 2018 SERÁ DIFÍCIL ESCOLHER UM CANDIDATO A PRESIDENTE
Que o PMDB lançará candidato próprio para 2018, ninguém duvida. O
diabo é saber quem. Michel Temer estará próximo dos oitenta anos. José
Serra resiste à hipótese de mudar de partido, imaginando-se capaz de
abater Aécio Neves e Geraldo Alckmin na esquadrilha dos tucanos. Dos
seis governadores peemedebistas, não há um que desponte. No Congresso, o
jejum de líderes é flagrante, exceção de Roberto Requião, pelo jeito
disposto a exercer pela terceira vez o governo do Paraná.
As cartas continuam embaralhadas, mesmo depois que o Lula abriu o
jogo e admitiu concorrer pelo PT. O fracasso de Dilma já contamina os
companheiros e o ex-presidente o disputará com chances razoáveis.
Existem, no entanto, opções ainda embrionárias em outros arraiais.
Ciro Gomes, agora no PDT, pensa longe e se prepara. No PSDB, aparece
correndo por fora o senador Álvaro Dias, que nada terá a perder se
abrigar-se no Partido Socialista. Afinal, sempre disporá de mais quatro
anos no Senado.
Em suma, a hora não seria para ilações tão débeis quanto longínquas,
mas a verdade é que ganham corpo. Até porque, na dependência dos
tribunais superiores, a sucessão presidencial poderá ser antecipada. A
profecia de Michel Temer continua pairando sobre o palácio do Planalto.
Por Carlos Chagas
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