O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN) cobrou do
governo propostas plausíveis para tirar o país da crise, após o discurso
da presidente da República na abertura do ano legislativo nesta
terça-feira (2/2). O senador descartou qualquer possibilidade de o
Democratas apoiar a recriação da CPMF como propôs a presidente Dilma
Rousseff sob vaias de alguns parlamentares.
“Fui a pessoa que mais lutou pela não prorrogação da CPMF, eu e meu
partido sustentamos essa bandeira e derrubamos em 2007 a proposta que
prorrogava a sua vigência. Seria uma insensatez votar a favor do
imposto”, salientou.
“Não vamos votar a favor da CPMF porque não é interessante para
economia brasileira. É um imposto injusto, cumulativo, complicador de
negócios e travador da geração de empregos. E o Brasil está precisando
estimular quem gera empregos para reverter esses índices desastrosos
estabelecidos pelo governo do PT”, completou o senador.
Para Agripino, o governo precisa mostrar unidade de suas forças no
Congresso Nacional e apresentar propostas que não sobrecarreguem o
cidadão. “O que for de interesse da sociedade terá nosso apoio. A
oposição jamais ficará contra o país”, concluiu.
SENADO: DE VOLTA DAS FÉRIAS, OS CONGRESSISTAS ESTÃO " SEM COMEÇO E FIM "
De volta das férias, os congressistas ouviram ontem um apelo do
senador Renan Calheiros: “Se 2015 foi o ano que não começou nem
terminou, conclamo o Parlamento brasileiro a retomar seus esforços para
que tenhamos, em 2016, um ano que tenha início, meio e fim”.
O pedido do presidente do Senado pode ter animado o Planalto, mas não
parece ter sensibilizado seus colegas. Foi o que indicaram as reações à
visita de Dilma Rousseff para ler sua mensagem anual ao Legislativo.
A presidente pediu apoio a uma agenda de medidas impopulares, como a
recriação da CPMF e a reforma da Previdência. Antes de ela deixar o
plenário, aliados já reconheciam que as chances serão pequenas.
“Hoje é mais fácil conseguir votos contra o impeachment do que a
favor da CPMF”, dizia um vice-líder do governo. Seu raciocínio era
simples: qualquer aumento de imposto tira votos, e os parlamentares não
costumam se sacrificar em ano eleitoral.FONTE: ROBSON PIRES
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