O Tribunal Superior Eleitoral aprovou dois novos partidos
políticos: o Solidariedade e o Pros (o Partido Republicano da Ordem
Social). O Brasil agora passa a ter 32 partidos políticos.O problema não
é o número de siglas, mas sim dar dinheiro a essas agremiações sem que
muitas delas tenham recebido um voto sequer nas urnas.
No Brasil, há uma inversão de deveres: o Estado dá dinheiro aos
partidos antes de eles terem provado ter apoio nas eleições. Os partidos
recebem dinheiro do Fundo Partidário, do rateio das multas eleitorais
coletadas e ainda têm acesso semestral a emissoras de TV e rádio – que
por sua vez pagam menos imposto por conta do uso do tempo cedido (ou
seja, quem acaba pagando é o contribuinte).
Na realidade, é um grande negócio abrir um partido, já que bastam 492
mil assinaturas de apoio espalhadas em pelo menos 9 Estados e pronto.
Ganha-se o registro no TSE, que não tem o costume de olhar muito para
acusações de fraudes na coleta de nomes. Uma vez obtida a aprovação, é
correr até o guichê do governo e pegar uma mesada mensal nunca inferior a
uns R$ 40 mil.
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