Depois de muitas horas de discussão e
obstrução do PT, PCdoB e do PSOL, o plenário da Câmara rejeitou o
decreto presidencial que criou a Política Nacional de Participação
Social.
A rejeição se deu com a aprovação do
Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1491/14, apresentado pela oposição,
anulando o decreto presidencial. O PDC tem agora que ser apreciado pelo
Senado Federal.
Foram quase três horas de obstrução dos
petistas, que estavam acompanhados do PCdoB e do PSOL, na tentativa de
impedir a derrubada do decreto presidencial.
Esses partidos utilizaram dispositivos
regimentais, como a apresentação de requerimentos para tentar impedir a
votação do PDC da oposição. De acordo com o líder do governo, deputado
Henrique Fontana (PT-RS), o decreto presidencial apenas fortalece um
conjunto de conselhos.
Os partidos de oposição tiveram o apoio
de partidos aliados do governo como o PMDB, o PSD e outros da base
governista para aprovar o PDC que anula o decreto presidencial.
A oposição critica o decreto
presidencial com o argumento de que ele invade as prerrogativas do
Congresso Nacional e também pode contribuir para o aparelhamento do
Estado, uma vez que toda a participação deverá ser coordenada pela
Secretaria-Geral da Presidência da República.
Autor do PDC que anula o decreto, o
líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), disse que o decreto
presidencial tem viés autoritário. “É uma forma autocrática,
autoritária, passando por cima do Parlamento, do Congresso Nacional, de
estabelecer mecanismos de ouvir a sociedade”.
Os governistas argumentam que o
dispositivo visa a ampliar o diálogo do Poder Executivo com os
movimentos sociais. O decreto presidencial foi publicado no fim de maio
e, desde então, os partidos de oposição tentam anular o decreto, com o
argumento, entre outros, de que ele invade as prerrogativas do
Legislativo. Desde a publicação do documento, a oposição vem insistindo
na sua rejeição. (Exame).Fonte:Renato Dantas
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