Da
Folha – O PMDB capitaneou a derrubada do decreto dos conselhos
populares com um objetivo claro: cortar na raiz a movimentação do
Planalto contra a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a presidente da
Câmara. “A votação mostra que a Câmara tem maioria contra o PT e não
aceita o PT no comando”, diz o deputado. Ele promete repetir a dose se
Dilma Rousseff insistir no plebiscito da reforma política. “Vamos
derrubar tudo. Nada disso vai passar. Vamos derrotar o governo”,
desafia.
O PSDB está disposto a apoiar Eduardo
Cunha para impor nova derrota ao governo. No entanto, estuda lançar o
líder Antonio Imbassahy (BA) e “marcar posição” na disputa pela
presidência da Câmara. Renan Calheiros (PMDB-AL), que também defendeu a
derrubada do decreto de Dilma, teria outro objetivo: ganhar apoio em seu
partido e na oposição para disputar a reeleição à presidência do
Senado. Renan e outros senadores do PMDB deram um aviso ao
vice-presidente Michel Temer: querem manter seus cargos no governo e
abocanhar os que os peemedebistas da Câmara, rebelados, devem perder.
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