Deu na Tribuna do Norte
O ex-prefeito de Goianinha Rudson Lisboa, o Disson (PSD), corre o risco de não ser diplomado como deputado estadual. Eleito no pleito de 5 de outubro,
o político foi condenado ontem pela Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte. Ele responde a processo de improbidade
administrativa por suposta dispensa irregular de licitação, durante o
segundo mandato como prefeito de Goianinha (quando governou de 2005 a
2008).
Na condenação imposta pela Câmara ainda
cabe recurso ao plenário do Tribunal. No entanto, se a decisão for
mantida, o deputado eleito terá a inelegibilidade decretada e poderá não
ser diplomado.
Pela Lei da Ficha Limpa (Lei
Complementar nº. 135 de 2010), são considerados inelegíveis (ou fichas
sujas) os candidatos que forem condenados, entre outras práticas, por
crimes contra a administração pública e o patrimônio público, desde que a
decisão tenha transitado em julgado (quando não cabe mais recurso) ou
proferida por órgão colegiado. Na decisão contra Disson, ainda há a
possibilidade de revisão pelo próprio Tribunal de Justiça.
Na decisão da Câmara Criminal que
manteve a condenação de Disson, o desembargador Glauber Rêgo foi voto
vencido. O prazo para o recurso é de 10 dias, contados de ontem.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou,
durante toda a tarde de ontem, falar com o deputado eleito Disson
Lisboa, mas ele não atendeu ao telefone celular.
VOTOS PARA COLIGAÇÃO
O advogado Paulo de Tarso Fernandes, especialista em Direito Eleitoral, analisou que, caso seja condenado e tornado inelegível, os votos de Disson Lisboa, que conseguiu 26.618 votos, permanecem na coligação. Caso essa hipótese seja concretizada, o novo deputado estadual seria o André Luís Fernandes da Fonseca, conhecido como Major Fernandes, que obteve 25.006 votos.
O advogado Paulo de Tarso Fernandes, especialista em Direito Eleitoral, analisou que, caso seja condenado e tornado inelegível, os votos de Disson Lisboa, que conseguiu 26.618 votos, permanecem na coligação. Caso essa hipótese seja concretizada, o novo deputado estadual seria o André Luís Fernandes da Fonseca, conhecido como Major Fernandes, que obteve 25.006 votos.
O advogado explicou que caso a
inelegibilidade seja decretada, a partir dessa decisão do Tribunal de
Justiça, ela já terá ocorrido após a eleição, por isso os votos são
contados como sendo da coligação. “A legislação entende que o candidato
concorreu com o registro deferido, por isso, os votos permanecem na
coligação”, explicou o advogado.
Ele lembrou que recentemente, ao
analisar os casos do ex-governador José Roberto Arruda e do ex-deputado
federal Paulo Maluf o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que mesmo a
condenação tendo ocorrido após o registro da candidatura, a punição de
inelegibilidade já atingiria o mandato a ser conquistado.
“Claro que depende de condicionantes,
mas nesse caso (apresentado pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE) foi
posterior a eleição e ele (Disson) concorreu com registro válido”,
destacou.BLOG:LENILSON DO AGRESTE
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