Sem condições políticas de tocar a reforma da Previdência na Câmara
antes de resolver a crise causada pela denúncia contra o presidente
Michel Temer, o Palácio do Planalto decidiu investir na reforma
tributária, que não exige mudanças constitucionais e tem potencial para
criar boas notícias para o governo mais rapidamente.
Nos últimos dias, o próprio presidente voltou a falar nas mudanças
tributárias. Conversas sobre o tema com os ministros do Planalto, a
equipe econômica e diversos parlamentares vêm ocorrendo, ao mesmo tempo
que, na segunda-feira, em mais um vídeo distribuído nas redes sociais,
Temer afirmou que a reforma tributária será enviada em “brevíssimo
tempo” ao Congresso.
MAIA JÁ ESTEVE MAIS PERTO DA CADEIRA PRESIDENCIAL
O deputado Rodrigo Maia já esteve, há alguns dias, bem mais perto da
cadeira de presidente da República do que está hoje. Maia viabilizou-se
junto ao mercado e chegou a animar parte do establishment, que o
considerou viável para a aprovação de reformas. No plano político, que é
o que importa de forma mais imediata, porém, há sinais de que vai ter
que tomar ainda algum Nescau para chegar lá.
Ainda que à base de troca de deputados, liberação de recursos e
outros instrumentos fisiológicos, a vitória de Michel Temer na CCJ tem
seu peso político. Não garante o sucesso da metodologia no plenário, mas
livra o governo da sensação de fim irreversível que teria tomado conta
do ambiente em caso de derrota na Comissão. Claro está hoje que a
oposição não avançou na estratégia de conquistar os 342 votos anti-Temer
no plenário, assim como o governo não tem maioria para encerrar o
assunto. Esse 1 X 1 pode durar indefinidamente, e a inércia tende a
manter Temer no cargo.FONTE: G1
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