Na reunião de emergência convocada para a noite desta quarta-feira,
5, no Palácio do Planalto, com 22 ministros e representantes dos
titulares de pastas que não estavam em Brasília, o presidente Michel
Temer cobrou de todos que trabalhem junto às suas bancadas para garantir
os votos para derrubar na Câmara a denúncia apresentada contra ele pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Agora é um momento em
que todos têm de dar provas efetivas do seu engajamento”, cobrou o
presidente, de forma enérgica, conforme relatou um dos ministros
presentes.
Temer quer que todos mostrem ação para mostrar que o governo não está
parado, como ele mesmo está tentando assegurar, ao embarcar para a
Alemanha nesta quinta-feira, para a reunião do G-20. A reunião foi
convocada no mesmo dia em que o presidente apresentou, no Congresso, sua
defesa à denúncia de Janot. Temer quer apoio não só político para
derrubar a peça de acusação, mas também para garantir votações
importantes, como a reforma trabalhista, que considera fundamental para
dar um “fôlego político” ao seu governo.
COMANDANTE DO EXÉRCITO VOLTA A CRITICAR USO DE MILITARES EM AÇÕES DE SEGURANÇA
O comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas,
voltou a criticar nesta quarta-feira. (05) o uso das Forças Armadas em
ações para garantir a manutenção da lei e da ordem em cidades.
“Não gostamos de participar das chamadas Operações de Garantia da Lei
e da Ordem”, disse Villas Bôas durante audiência pública da Comissão de
Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
FUNARO É TRANSFERIDO DE PRESÍDIO PARA PREPARAR DELAÇÃO
O corretor Lúcio Bolonha Funaro foi transferido nesta quarta-feira,
5, do Complexo Penitenciário da Papuda para a carceragem da
Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. A mudança foi
solicitada pelo advogado Antonio Figueiredo Basto e visa a facilitar a
produção dos anexos da delação premiada que Funaro está negociando com a
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os principais alvos do acordo são o presidente Michel Temer, os
ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do
ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro
Moreira Franco (Secretaria-Geral).FONTE: ROBSON PIRES
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