A Folha também destacou que os três candidatos que lideram a corrida
presidencial se atacaram mutuamente em todos os blocos do quinto e
último debate antes do primeiro turno das eleições, realizado na noite
desta quinta-feira (2) pela TV Globo. O evento, o mais acirrado e tenso
da atual disputa, durou duas horas e meia e foi realizado horas após o
Datafolha apontar o acirramento da busca por uma vaga no segundo turno
entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
Um dos principais momentos de tensão ocorreu quando a presidente
Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, prolongou uma discussão
sobre corrupção com Marina. As duas trocaram acusações depois que os
microfones já estavam desligados e o tempo, esgotado. Empatado com
Marina na disputa pelo segundo lugar, Aécio Neves (PSDB) explorou o
escândalo de corrupção na Petrobras e mirou tanto em Dilma quanto em
Marina.
A candidata do PSB, que por um longo tempo esteve bem a frente de
Aécio nas pesquisas, anunciou uma nova promessa, a três dias da eleição,
a de pagar um 13º aos beneficiários do Bolsa Família. Acusada pelo PT
de representar uma ameaça à continuidade do programa, que é o
carro-chefe da política social do governo, Marina repetiu a mesma
estratégia adotada quatro anos antes, também em um debate, pelo então
presidenciável tucano José Serra.
A candidata do PSB resistia a apresentar essa proposta agora, às
vésperas do primeiro turno, segundo apurou a Folha. Mas ficou sem opção
devido à ameaça de perder a vaga no segundo turno para Aécio, segundo
assessores. “Não tem coisa pior que chegar no Natal sem ter como sequer
dar uma ceia para o seu filho”, disse Marina.Fonte:Robson Pires
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