Os partidos do Centrão atropelaram a decisão do
presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP/MA), e conseguiram
antecipar a disputa pela presidência da Casa para a próxima terça-feira,
12. Inicialmente, Maranhão havia estabelecido que a data seria na
quinta-feira, 14.
A mudança no calendário foi definida em reunião realizada no fim da
tarde desta quinta-feira, 7, comandada pelo líder do governo, André
Moura (PSC/SE), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), aliados do
deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Segundo levantamento do Estadão, até esta quinta-feira, eram 14
candidatos à sucessão do peemedebista: pelo PSB Hugo Leal (RJ), Júlio
Delgado (MG) e Heráclito Fortes (PI); pelo PMDB, Osmar Serraglio (PR) e
Marcelo Castro (PI), pelo PSDB, Antônio Imbassahy (BA); pelo DEM,
Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA), pelo PSD, Rogério Rosso
(DF); pelo PP, Esperidião Amin (SC); pelo SD, Carlos Manato (ES); pelo
PRB, Beto Mansur (SP); pelo PR, Fernando Giacobo (PR) e pelo PTB,
Cristiane Brasil (RJ).
LÍDER DO GOVERNO REVELA QUE TEMER FOI " PEGO DE SURPRESA " COM RENÚNCIA
Segundo o líder do governo na Casa, deputado André Moura, o presidente em exercício Michel Temer foi “pego de surpresa” com a renúncia de Eduardo Cunha
da presidência da Câmara. “Eu fui pego de surpresa, ele disse que não
sabia, fomos pegos de surpresa”, disse o líder, após se reunir com o
presidente na tarde de ontem no Planalto. Segundo Moura, a orientação de
Temer é que o governo não deve se envolver diretamente na questão da
sucessão de Cunha. “É um processo do legislativo, não haverá
participação do governo no processo sucessório”, salientou.
PARA DEPUTADOS, RENÚNCIA É MENOBRA PARA ELEGER ALIADO DE CUNHA
Alguns parlamentares avaliaram ontem que o gesto de renúncia de Eduardo Cunha
da presidência da Câmara seria uma manobra dele para protelar o
processo de cassação de seu mandato e colocar um aliado no comando para
possivelmente favorecê-lo. Para o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), a eleição de um aliado poderia facilitar a vida de Cunha na votação da cassação em plenário.FONTE:G1
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