O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse à Folha que não
haverá “dogmas” na venda de ativos da estatal e admitiu estudar o
controle compartilhado com o setor privado de algumas subsidiárias, como
a BR Distribuidora ou a Transpetro.
“Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com 'controle”, afirmou, lembrando que isso será feito obedecendo a três
condições: maximizar o valor dos ativos, preservar a empresa
verticalizada e manter os seus interesses estratégicos.
Dogma, para Parente, é apenas a privatização da estatal. “Não acho
que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isto sim é
dogma, a privatização da Petrobras”.
Em entrevista à Folha no escritório de São Paulo, Parente afirmou que
os diretores envolvidos no petrolão “foram escolhidos com a
intencionalidade” de praticar crimes e apontou que uma das razões da
crise da estatal foi “fazer deliberadamente a escolha desses desonestos
para liderar a empresa”.
Nome apontado pelo presidente interino, Michel Temer, como um dos
trunfos de seu governo para ganhar a confiança do mercado, Parente
sorriu antes de responder se ficaria na empresa numa eventual volta de
Dilma Rousseff. “Não sei. Não tenho a menor ideia”, afirmou à Folha de
São Paulo.Fonte:Robson Pires
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