Vice-presidente
da República e presidente nacional do PMDB, o advogado Michel Temer
tenta conter uma rebelião na legenda, em marcha desde a vitória da
presidenta Dilma, no último domingo. Temer convocou uma reunião com o
conselho político do partido para a próxima quarta-feira, no Palácio do
Jaburu, para minar a candidatura à presidência da Câmara do líder do
partido, Eduardo Cunha (RJ), ligado aos setores mais retrógrados do
partido. Foram convocados senadores, governadores e deputados federais
eleitos com o objetivo de cumprir um acordo no qual a Presidência do
Senado permanece com o PMDB e a da Câmara, com o PT, seguindo a tradição
de que o comando deve ser dado ao partido com a maior bancada.
A missão é difícil. No início da semana, deputados federais da
bancada peemedebista se uniram em torno do líder Eduardo Cunha para, na
prática, impor a candidatura dele à Presidência da Casa. Negociar,
porém, é possível, uma vez que estes parlamentares são os principais
interessados na manutenção de cargos e regalias no governo. Há, porém,
algumas mágoas a reparar. A falta de apoio do PT ao PMDB na disputa
eleitoral em alguns Estados causou estragos no maior partido da base
aliada e este fator agora se reflete nos resultados do plenário da
Câmara dos Deputados, com a demonstração de força do deputado Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), que infligiu uma derrota ao governo, na
terça-feira, e ameaça colocar em votação matérias que terão impacto
direto nas contas da presidenta Dilma Rousseff.
MINISTROS DE TRIBUNAIS SUPERIORES QUEREM SE APOSENTAR SÓ AOS 75 ANOS.
Ministros
de tribunais superiores articulam com líderes do Congresso a aprovação
de uma emenda constitucional que pode tirar da presidente Dilma Rousseff
a chance de nomear cinco novos ministros do Supremo Tribunal Federal
até o fim de seu segundo mandato, em 2018. Conhecida como a PEC da
Bengala, a proposta de emenda à Constituição eleva de 70 para 75 anos a
idade limite para a aposentadoria nos tribunais. Cinco dos dez ministros
da composição atual do STF farão 70 anos de idade nos próximos quatro
anos.
Segundo matéria da Folha, a articulação ocorre em um momento em que
lideranças do Congresso, em especial do PMDB, estão em atrito com o
governo Dilma e em busca de espaço no segundo mandato da presidente. A
emenda foi aprovada em 2005 pelo Senado e desde 2006 está parada
aguardando votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Segundo a Folha, ministros do STF, como Gilmar Mendes, conversaram
sobre o assunto com lideranças do Congresso recentemente, incluindo o
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o líder da
bancada do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ). Procurados, eles não
confirmaram as conversas oficialmente. Cunha, no entanto, diz ser
favorável ao projeto. “Vou submeter o tema à bancada na próxima
terça-feira”, afirmou ele, que é pré-candidato a presidência da Câmara
no ano que vem.FONTE:ROBSON PIRES
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