O senador Cristovam Buarque (PDT_DF) cobrou mais ousadia do debate
parlamentar, lamentando que a discussão sobre o impeachment da
presidente Dilma Rousseff tenha gerado um “Fla-Flu” político que domina o
Congresso. Segundo Cristovam, nem governo nem oposição têm bons
argumentos contra ou a favor do impeachment, e o Brasil só encontrará o
caminho do protagonismo se os líderes pensarem mais no país e menos em
seus partidos. Ele criticou duramente a distribuição de cargos pelo
governo, considerando que a prática aumenta a sensação de desgosto e
nojo diante da política.
“O que fez a presidente? Em vez de ampliar a base, em vez de negociar
com todos, em vez de constituir um ministério de alto nível – chamemos
assim -, fez barganha e colocou um ministério que envergonha mais hoje
do que antes ainda”, protestou o senador. Cristovam Buarque também
chamou atenção para a possibilidade de o Brasil sair da crise para
entrar na decadência, num processo que poderá consumir décadas para ser
revertido. Para o senador, o Brasil está ficando para trás por falta de
ciência e tecnologia, despreparo da mão de obra, perfil econômico
antiquado e escasso investimento no futuro.
MENSAGEM DO GOVERNADOR ROBINSON FARIA PARA OS PROFESSORES NESTE DIA 15 DE OUTUBRO
PRESIDENTE DA CÂMARA FEDERAL CONDICIONA ACERTO COM GOVERNO À PERMANÊNCIA NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
Num instante em que Dilma Rousseff alardeia que jamais participará de
negociações que envolvam “malfeitos” e desafia seus rivais a indicarem
uma nódoa que comprometa sua “reputação ilibada”, o governo se oferece
para ser a boia de salvação de Eduardo Cunha. O que parecia inviável até
o início da semana tornou-se provável nas últimas horas. O deputado já
orçou para o governo o preço do arquivamento do impeachment. Envolve sua
permanência na presidência da Câmara. O que pressupõe o sepultamento do
pedido de cassação que corre contra ele no Conselho de Ética da Casa.
O governo busca celebrar com Cunha um acerto do tipo ‘uma mão lava a
outra’. Participam da operação a própria Dilma, representada nas
conversas pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), e o antecessor Lula,
que desembarcou em Brasília no final da tarde desta quarta-feira. Por
sugestão de Lula, foi atraído para a articulação o vice-presidente
Michel Temer. Beneficiário direto de um eventual afastamento de Dilma,
Temer almoçou nesta quarta-feira com Cunha e o presidente do Senado,
Renan Calheiros. Fez isso a pedido de Wagner. Durante o repasto, Cunha
sinalizou pela primeira vez a hipótese de mudar de lado. Antes fechado
com a oposição, ele disse que, se o governo o tratar bem, saberá
retribuir.
De saída, Cunha cobra o enquadramento do pedaço da bancada federal do
PT que deseja ver sua cabeça apartada do pescoço. Dos 62 deputados
petistas, 34 subscreveram o pedido de cassação do mandato de Cunha
protocolado no Conselho de Ética da Câmara pelo PSOL e pela Rede
Sustentabilidade. Entre os rebelados estão petistas da Bahia, vinculados
ao negociador Jaques Wagner. Por exemplo: a deputada Moema Gramacho e
os deputados Jorge Solla e Afonso Florence.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO DIZ QUE CONTA DE LUZ FOI " ELEITOREIRA"
A
redução de 20% na conta de luz feita pelo governo em 2013 foi uma
medida artificial e de cunho eleitoral, que acabou por implicar forte
agravamento das contas públicas e no desajuste fiscal que se viu no ano
passado. Segundo o O Estado de S.Paulo, a conclusão consta de uma
auditoria que acaba de ser concluída pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), que analisou o atual cenário operacional e financeiro do setor
elétrico do País.
Ao analisar os efeitos da medida provisória assinada pela presidente
Dilma Rousseff no fim de 2012, decisão que reduziria o preço da conta de
luz a partir de janeiro de 2013, o relatório da corte de contas afirma
que, naquela ocasião, “o governo emitiu sinal via preço ao consumidor de
incentivo ao consumo”, quando já se fazia uso intensivo das usinas
térmicas – que são as mais caras – para cobrir a frustração da geração
hidrelétrica, por conta do baixo do nível dos principais reservatórios.
Essa política forçada de redução das tarifas, que custou nada menos
que R$ 12,642 bilhões em 2013 e R$ 31,297 bilhões no ano passado,
sangrou os cofres do Tesouro, produzindo sérias dificuldades financeiras
às empresas do setor e um tremendo desajuste fiscal.FONTE:ROBSON PIRES
Nenhum comentário:
Postar um comentário