Depois de ter acesso ao processo junto ao STF, o senador José Agripino escreveu o seguinte esclarecimento a população potiguar:
O respeito que nutro por cada
cidadão norte-rio-grandense me impõe o dever de esclarecer fatos
inverídicos, imputados à minha conduta de homem público, o que faço após
conseguir formalmente a íntegra dos elementos de investigação em curso
na Procuradoria Geral da República.
Pelo que foi noticiado, uma conversa
republicana, ocorrida entre autoridades públicas, foi interpretada como
“tráfico de influência” perante o BNDES para favorecer a empresa que
construía a obra Arena das Dunas em Natal. A atividade
político-parlamentar inclui, entre suas funções, a de, se necessário, se
por à disposição para promover reuniões entre agentes públicos,
objetivando defender interesses legítimos e transparentes do Estado, a
exemplo da ocorrida para evitar a paralisação da obra de construção do
estádio que foi usado para sediar a copa do mundo em Natal.
Dessa reunião específica não
resultou entendimento entre as partes, provocando iniciativa do Estado,
diretamente ao TCU, sem a minha interferência, que deliberou pela
continuidade da obra, autorizando o BNDES a dar prosseguimento ao
financiamento contratado. Minha participação nesse assunto resumiu-se a
essa reunião e não intercedi, sob nenhum pretexto, nas decisões tomadas
pelo Tribunal de Contas da União e, muito menos, pelo BNDES.
É importante salientar que a
liberação dos pagamentos da obra foi submetida ao crivo de todos os
órgãos de controle estatal e, evidentemente, sem a minha participação,
até por ser um Senador da oposição sem qualquer acesso ao atual governo.
A análise e a decisão da Corte de Contas da União determinando o
prosseguimento da obra afastam inteiramente a repugnante notícia que
interpreta como “corrupção passiva” a doação de campanha destinada ao
Diretório Nacional do DEM e distribuída a diversos diretórios regionais,
conforme consta das prestações de contas e dos registros contábeis do
partido que presido.
Do mesmo modo, não se podem
interpretar como existência de cumplicidade e conluio com o Diretor
Presidente da OAS, os esforços desempenhados para salvar a vida do
ex-deputado João Faustino. O pedido que fiz em nome da família para
conseguir um avião que o transportasse de Natal a São Paulo foi motivado
pela estreita amizade que unia João Faustino a Léo Pinheiro.
Infelizmente a viagem não se consumou, pois sobreveio o falecimento que
buscávamos evitar.
Por fim, repudio, com veemência, a
ilação de que pratiquei “lavagem de dinheiro”, decorrente da análise da
movimentação financeira de minhas contas bancárias levada a efeito pelo
COAF – órgão subordinado ao Ministério da Fazenda. As movimentações
apontadas são provenientes, todas de recursos próprios, operados sob
minha inteira responsabilidade, com todos os comprovantes de licitude e
legalidade que serão colocados à disposição dos órgãos de investigação e
da Justiça.
Estes esclarecimentos conduzem a uma
conclusão certa e inabalável: limitei-me ao cumprimento do meu mandato
de Senador, cujo papel de oposição continuarei firmemente a exercer, com
o entendimento de que as notícias veiculadas têm origem em manobras e
armações inaceitáveis, promovidas, deliberadamente, com o propósito de
manchar minha reputação construída ao longo de 40 anos de vida pública e
tantas vezes submetida ao julgamento popular. Tudo, na tentativa vã de
calar a minha voz.
NÃO VÃO CONSEGUIR!
Senador José Agripino Maia
Senador José Agripino Maia
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