O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes sai em defesa da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que, na semana passada, absolveu Dilma Rousseff e Michel Temer da acusação de abuso de poder econômico, mantendo o atual presidente no cargo. Presidente da corte eleitoral, Mendes afirma que o papel dos juízes é “muitas vezes decidir de forma contramajoritária e desagradar tanto a chamada ‘vox populi’ quanto a voz da mídia”.
Caso contrário, diz, seria melhor acabar com a Justiça “e criar um sistema ‘Big Brother'” para ouvir o povo e a imprensa.
GILMAR DIZ QUE SUPOSTA ESPIONAGEM É INTIMIDAÇÃO
Um dia após a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia,
cobrar a apuração da suposta espionagem contra o colega Edson Fachin
pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ministro do STF Gilmar
Mendes também criticou neste domingo, 11, a possibilidade de a agência
ter feito uma devassa na vida do relator da Lava Jato na Corte.
“A tentativa de intimidação de qualquer membro do Judiciário, seja
por parte de órgãos do governo, seja por parte do Ministério Público ou
da Polícia Federal, é lamentável e deve ser veementemente combatida”,
afirmou Gilmar. A informação do suposto uso da Abin a pedido do
presidente Michel Temer foi divulgada pela revista Veja deste fim de
semana. Segundo a publicação, Fachin – relator do inquérito contra o
presidente – estaria sendo monitorado pela agência de inteligência após
ter sido acionada pelo Palácio do Planalto. A ação, de acordo com a
revista, teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em
xeque a atuação do relator.
PSDB DECIDE HOJE SE PERMANECE NA BASE DE TEMER
Depois de ter sido absolvido pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (9), o presidente Michel Temer se
dedicará a uma missão no Congresso Nacional nesta semana: unificar sua
base de apoio. A tarefa começa nesta segunda-feira (12), quando a
executiva nacional do PSDB, um dos principais partidos da base, deve se
reunir para definir se a legenda desembarca, ou não, do governo.
Apesar do resultado favorável a Temer no TSE, os tucanos estão
divididos. Parte da legenda defende o rompimento com o Palácio do
Planalto por causa da investigação em que o peemedebista é alvo no
Supremo Tribunal Federal (STF). Com base nas delações dos donos da JBS, a
Corte apura se Temer cometeu os crimes de organização criminosa,
corrupção e obstrução de justiça. Os tucanos que querem o rompimento com
o governo avaliam que a situação do presidente da República é instável.
Para eles, isso pode comprometer o avanço das reformas trabalhista e
previdenciária no Congresso.FONTE: G1
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