Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
Em meio a polêmicas envolvendo a defesa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e a Justiça, os dois processos em que o petista é réu
na Justiça Federal no Paraná dentro da Operação Lava Jato chegam a
momentos importantes.
A partir desta segunda-feira (12), o juiz federal Sergio Moro,
responsável pela Lava Jato na primeira instância, ouve testemunhas de
defesa na ação em que Lula é réu por participação
em um esquema envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e
a Petrobras, que geraram desvios de cerca de R$ 75 milhões.
Parte do dinheiro, cerca de R$ 12,4 milhões, teria sido usada para
comprar um terreno, que seria usado para a construção de uma sede do
Instituto Lula. A denúncia diz ainda que o dinheiro de propina também
foi usado para comprar um apartamento vizinho à cobertura onde mora o
ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP).
Neste processo, além de Lula, outras sete pessoas são rés. Entre
elas, está o ex-ministro Antônio Palocci (PT) e o ex-presidente da
Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
De acordo com a agenda de depoimentos –que, no momento, vai até 12 de
julho–, apenas o ex-presidente é responsável por quase sete em cada dez
testemunhas exclusivamente de defesa –algumas arroladas pela acusação
também foram designadas pelas defesas de réus. Até agora, estão marcados
119 depoimentos a pedido exclusivamente dos acusados. Desses, 80 são do
ex-presidente, sendo apenas quatro deles solicitados junto com outros
réus.FONTE: BLOG O PRIMO
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