Ninguém espera surpresas na votação desta quarta em que a Câmara deverá enterrar a segunda denúncia contra Michel Temer. Mas o tamanho da vitória do Planalto, que os governistas temem ser menor do que os 263 da primeira vez, será decisivo para o rearranjo das forças do campo da centro-direita para 2018. Vai ficar claro, por exemplo, se os partidos hoje aliados do governo, a base do impeachment de Dilma Rousseff, terão condições de marchar juntos ou se vão se dividir em candidaturas presidenciais concorrentes.
O comportamento do PSDB, sobretudo o do governador Geraldo Alckmin, será olhado com lupa. Dividido ao meio na primeira denúncia (20 x 21), com boa parte da bancada paulista contra Temer, o partido tende a se fragmentar novamente – o que poderá reforçar os argumentos do Centrão, que está de olho em seus ministérios, e precipitar um desembarque tucano do governo, na base do cada um por si em 2018.FONTE: ROBSON PIRES
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