sexta-feira, 27 de outubro de 2017

PROCURA-SE CANDIDATO DO DEM




O deputado Rodrigo Maia quer influir na sucessão presidencial. Animado com as negociações para inflar o DEM, ele sonha em tirar o partido do velho papel de coadjuvante dos tucanos. Para isso, busca um candidato capaz de liderar a centro-direita em 2018.
O líder das pesquisas é o ex-presidente Lula, que ensaia uma guinada à esquerda. Em segundo lugar aparece o deputado Jair Bolsonaro, porta-voz de uma direita radical que nunca chegou ao poder pelo voto.
Os dois têm monopolizado o debate, mas o presidente da Câmara vê espaço para uma alternativa moderada. “Vai haver um caminho pelo centro. Estou apostando tudo nisso”, afirma. Ele dá a receita como se redigisse um anúncio de emprego: “Queremos um candidato de centro, liberal na economia e conservador nos valores, respeitando as minorias”.
O antigo PFL quer aproveitar a divisão dos tucanos para buscar protagonismo na sucessão. O partido não lança candidato próprio desde 1989, quando Aureliano Chaves teve apenas 0,8% dos votos. Ele foi abandonado pelos correligionários, que namoraram com Sílvio Santos e trocaram alianças com Fernando Collor.
Agora o DEM flerta com outros “outsiders”. O primeiro da lista foi João Doria, que ensaiou deixar o PSDB para disputar o Planalto. Nas últimas semanas, o prefeito perdeu a preferência para o apresentador Luciano Huck, ainda sem filiação partidária.



COM A CORDA NO PESCOÇO




Depois de comprar o enterro da segunda denúncia criminal da Procurdoria-Geral da República, Michel Temer disse que a verdade venceu. Conversa fiada. O que prevaleceu foi o fisiologismo. A verdade continua encoberta pelo véu da impunidade, que só será levantado quando Temer deixar a Presidência e for realmente processado. Até lá, Temer terá de lidar com a nova verdade que o cerca. Ele se tornou um personagem menor. Diminuiu entre uma denúncia e outra. Tem agora 251 deputados apoiadores —menos da metade da Câmara.
Considerando-se que Temer precisaria de 308 votos para aprovar na Câmara uma reforma previdenciária que sua equipe econômica considera vital, o presidente está em apuros. Sobretudo porque seu nanismo tende a aumentar à medida que se aproxima o ano eleitoral de 2018. Temer ficou parecido com a personagem de uma história do escritor Josué Guimarães —uma mulher que diminuía diariamente de tamanho.



UMA AÇÃO PARA IMPLODIR O PSDB




Causou forte reação na bancada mineira do PSDB as afirmações de que o movimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em favor do presidente Michel Temer na votação da segunda denúncia teve efeito contrário.




LULA NÃO TEVE NADINHA A VER COM DILMA E TEMER




“Como Deus escreve certo por linhas tortas, as pessoas que diziam que a Dilma era uma desgraça perceberam que Temer era desgraça e meia”, discursou Lula em sua caravana do delírio em Minas Gerais.
No Twitter, a jornalista Vera Magalhães fez a única pergunta possível: “Eram a mesma chapa. Articulada por quem?”FONTE: ROBSON PIRES

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