segunda-feira, 2 de outubro de 2017

TEMER USARÁ ECONOMIA PARA TENTAR SE SALVAR




Enquanto prepara sua defesa contra a denúncia na Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer busca argumentos econômicos como indicadores de crescimento e a melhoria do ambiente de negócios como estratégia de convencimento dos parlamentares. O Planalto tem sido alvo de pressão de partidos aliados ávidos por indicações políticas para cargos comissionados e pelo pagamento de emendas parlamentares, mas não consegue aplacar o desejo da base no ritmo exigido pelos deputados.
Um dos focos do governo é explorar a comunicação do “período mais longo de inflação baixa pós-Plano Real” e a queda dos preços de produtos da cesta básica, o que elevou o poder de compra do salário mínimo. Segundo dados do Ministério da Fazenda, que foram apresentados a Temer, um salário mínimo compra atualmente 16,7%, em produtos da cesta básica, do que há um ano



JUCÁ CORRE DO BOMBARDEIO NA INTERNET




No PMDB, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), e os senadores Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM) estão na linha de frente dos que defendem que a votação sobre Aécio seja nesta terça (3). Alvo frequente de tiroteios no Congresso, Jucá admitiu aos colegas que tem desabilitado seu WhatsApp em vários momentos por causa de bombardeios de spams.
O PSDB montou uma força-tarefa para pressionar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a manter a votação sobre a suspensão de Aécio Neves (PSDB-MG) nesta terça (3). Há uma articulação para que a Casa espere o STF julgar a ação que submete ao Congresso as sanções a parlamentares. Tucanos passaram o fim de semana fazendo apelos aos senadores e tiveram a sinalização de que o DEM e parte do PMDB também defenderão a apreciação imediata.



É À ESQUERDA QUE 2018 SE DEFINE




Além da rotineira presença de Luiz Inácio Lula da Silva à frente qualquer que seja o cenário e qualquer que seja a nova denúncia surgida contra ele, há novidades importantes na rodada do Datafolha divulgada neste fim de semana. A primeira é o destaque a Marina Silva, da Rede, surgido depois que ela deu as caras no debate político, com o programa de seu partido na televisão, no mês passado. A segunda é a impressão de que está na definição dos votos de centro-esquerda que não são de Lula e do PT o resultado do pleito presidencial de 2018.
Se Lula puder disputar a eleição no ano que vem, se não tiver sua pretensão atingida pela Justiça, ele vence a parada em qualquer cenário, mostra a pesquisa. Com a presença de Lula, os cenários mostram Jair Bolsonaro (PSC) em segundo lugar. Mas não há aí novidade nenhuma. Isso já vinha demonstrando todas as pesquisas anteriores.
A novidade aparece quando se tira Lula do cenário. Nesse caso, quem aparece à frente é Marina. Sem Lula, é ela quem lidera. Em simulações sem um candidato do PT, ou mesmo quando no lugar de Lula entra como candidato o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
Mesmo nos cenários com Lula na disputa, Marina está bem perto de Bolsonaro. No cenário com o prefeito de São Paulo, João Dória, como o candidato do PSDB, Lula aparece com 36%; Bolsonaro com 16%, e Marina com 14%. Dória vem depois com 8%. Se é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB, o quadro mostra Lula com 35%; Bolsonaro com 17%, e Marina com 13%. Alckmin com os mesmos 8% de Dória.FONTE: ROBSON PIRES

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