terça-feira, 13 de dezembro de 2016

BANCADA FEDERAL LEVARÁ PLEITO DE PREFEITOS A BRASÍLIA



Membros da bancada federal do Rio Grande do Norte estiveram reunidos na segunda-feira (12) com prefeitos de municípios potiguares no auditório da sede da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), em Natal. Na pauta do encontro, o pleito dos prefeitos do pagamento da multa de repatriação de recursos. Estiveram presentes na reunião o coordenador da bancada, deputado federal Felipe Maia, senadores Garibaldi Alves Filho e Fátima Bezerra e o deputado federal Walter Alves.
O prefeito de Assú e presidente da Femurn, Ivan Júnior, enfatizou a importância do apelo aos parlamentares para a liberação dos recursos antes do final do ano. “Com a vinda desses recursos, o Rio Grande do Norte receberia R$ 104 milhões, e isso seria um alento para que as prefeituras não deixem dívidas para as próximas gestões. Agradeço o empenho da bancada federal, em nome do deputado Felipe Maia que sempre se colocou à disposição para defender os interesses dos prefeitos do RN”, comentou o presidente.
Ao final da exposição, o senador Garibaldi Alves propôs que a bancada se reunisse com o ministro do Planejamento com a finalidade de solicitar o empenho da liberação dos repasses, a medida foi acatada pelos membros presentes na ocasião. “O que a bancada federal irá cobrar é que se faça cumprir a Constituição Federal. Vamos unir forças e buscar junto ao governo federal o pagamento da multa de repatriação para que os prefeitos possam honrar com suas obrigações financeiras”, comentou o coordenador da bancada, Felipe Maia.
FEMURN promove reunião com banda federal para pedir recursos da repatriação(3)

RENAN CALHEIROS É DENUNCIADO AO STF NA LAVA JATO


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta segunda-feira, 12 de dezembro, ao Supremo Tribunal Federal, o senador Renan Calheiros e o deputado Aníbal Gomes pelo recebimento de propina no valor de R$ 800 mil e lavagem de dinheiro mediante doações oficiais da empreiteira Serveng. Em troca, os parlamentares ofereceram apoio político para manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras e este praticou os atos necessários que a Serveng participasse de licitações na empresa pública.
Segundo as investigações, o diretor comercial da Serveng, Paulo Twiaschor, também denunciado, fez as doações ao Diretório Nacional do PMDB: R$ 500 mil em 18/8/2010 e R$ 300 mil em 24/9/2010. O interesse da empreiteira era participar de licitações mais vultosas na Petrobras, o que foi viabilizado a partir do começo de 2010. A denúncia informa que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros, mediante diversas operações fracionadas, como estratégia de lavagem de dinheiro.
O apoio do PMDB para a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento, incluindo o do senador Renan Calheiros, foi confirmado em colaboração premiada por Alberto Youssef, Fernando Falcão Soares e Delcídio do Amaral. A denúncia também inclui diversos elementos de prova, como registros de entradas na Petrobras e quebras de sigilo bancário.
Pedidos – A denúncia oferecida no Inquérito 4216 pede a condenação de Renan Calheiros e Aníbal Gomes pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além da perda das funções públicas. Paulo Twiaschor é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O PGR também quer a reparação dos danos materiais no valor mínimo de R$ 800 mil e de R$ 800 mil para os danos transindividuais causados, equivalente ao valor da propina.


DEPUTADO BETO ROSADO DIZ QUE " NÃO HOUVE MÁ FÉ " AO ABASTECER CARRO NO POSTO DO TIO


Segundo o Congresso em Foco, o deputado federal Beto Rosado (PP-RN), contrariando regras da Câmara, utilizou R$ 58.885,36 do dinheiro público da verba indenizatória para abastecer veículos de seu escritório político no posto de combustíveis pertencente ao tio, localizado em Mossoró-RN, seu reduto eleitoral.
O Ato da Mesa 43/2009 da Câmara dos Deputados, em seu artigo 4º, parágrafo 13, estabelece que não é permitido ao deputado ser ressarcido com dinheiro da verba indenizatória por despesas contraídas em estabelecimentos comerciais em que ele ou parente seu de até terceiro grau faça parte do quadro societário.
O posto Laser é de propriedade de Carlos Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia e seu filho, respectivamente tio e primo do deputado Beto Rosado.
Documento publicado no portal da Câmara confirma que tio é parente consanguíneo de terceiro grau, em linha colateral.
De fevereiro de 2015, quando tomou posse na Câmara, até junho deste ano o deputado abasteceu o carro no posto do tio todo mês. Os valores consolidados em notas fiscais eletrônicas referem-se a diversos abastecimentos realizados pelo parlamentar ao longo de cada mês.
Nota de Beto Rosado:
“Sobre nota “Deputado abastece o carro em posto do tio”, do Congresso em Foco, que relata os abastecimentos de fev/2015 , quando o deputado Beto Rosado tomou posse, até jun/2016, quando percebeu o erro e suspendeu a compra de combustível  no citado posto, é preciso esclarecer que:
1 – É público e de conhecimento de toda a cidade de Mossoró-RN que o posto Laser é administrado por Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia Segundo, que por sua vez é parente de quarto grau do deputado e isto não significa nenhum impedimento legal.
2 – O gabinete não tinha conhecimento de que o pai do proprietário e administrador do referido posto, Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia, possuía alguma participação societária.
3 – Ao tomar conhecimento que o tio detinha alguma participação na sociedade do posto que era, de fato, tocado por um parente de 4º grau, o deputado proibiu imediatamente qualquer abastecimento no posto Laser, como prevê o Ato da Mesa 43/2009 da Câmara dos Deputados, em seu artigo 4º, parágrafo 13. Prova dessa recomendação é que desde o dia 6 de junho de 2016 (há mais de 6 meses), não houve mais nenhum abastecimento no referido estabelecimento.
5 – Em nenhum momento houve má fé ou intenção de desobedecer às normas estabelecidas pela Câmara. Não houve também, em nenhum momento, nem indiretamente e tampouco diretamente, nenhuma vantagem obtida pelo gabinete ou pelo deputado neste episódio. Houve, de fato, a correção disto há mais de 6 meses.
6- Necessário ainda lembrar que a base política e de atuação do deputado é o interior, sobretudo, Mossoró, que não possui vôos e apenas para o deputado ou assessores se deslocarem até lá e voltar ao aeroporto para o retorno à Brasília são necessários 1040 km rodados por semana, afora sua intensa e correta presença nas inúmeras outras cidades do estado, bem como de assessores, via terrestre, como deve ser a atuação de qualquer representante: presente nas cidades e não apenas em períodos eleitorais. Portanto, o valor pago com combustível é condizente com os quilômetros percorridos.
7 – Todas as atividades do gabinete do deputado buscam se desenvolver de forma transparente e legal, e assim continuará sendo.”
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

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