No meio jurídico, a portaria com instauração de inquérito civil
para investigar a utilização indevida da Procuradoria-Geral do Estado e
da Assembleia Legislativa em defesa da própria Casa e dos deputados
estaduais, durante os desdobramentos da Operação Dama de Espadas
trata-se de uma retaliação descabida do Ministério Público do RN.
Conforme determinação assinada pela
promotora Hayssa Medeiros Jardim, os investigados são Francisco Wilkie
Rebouças e João Carlos Gomes, respectivamente os responsáveis pelas
Procuradorias do Estado e da Assembleia.
A Operação Dama de Espadas investiga um
suposto desvio de R$ 5,5 milhões no Legislativo, mas teve o processo
suspenso a partir de decisão judicial motivada pela defesa feita pelos
dois órgãos citados.
DEPUTADOS FEDERAIS ESTÃO FUZILANDO EDUARDO CUNHA
BRASÍLIA – A pergunta ecoou em claro e bom som no
plenário da Câmara: “O presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas
secretas na Suíça?”. A tribuna era ocupada pelo deputado Chico Alencar,
líder do PSOL. Sentado a poucos metros dele, Cunha virava o rosto para o
outro lado, fingindo não ouvir.
“Essa é uma pergunta que interessa à cidadania, deve ser reiterada e
tem que ser respondida”, insistiu Chico. O presidente da Câmara se
manteve em silêncio, como se não devesse explicações aos colegas e à
sociedade que lhe paga o salário, as refeições, os voos em jato da FAB e
a residência oficial em Brasília.
A rigor, a pergunta já foi respondida. Em março, um deputado do PSDB
indagou ao peemedebista se ele tinha contas na Suíça. “Não tenho
qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está
declarada no meu Imposto de Renda”, afirmou Cunha, resoluto, em
depoimento à CPI da Petrobras.
A negativa caiu por terra com a confirmação de que ele é beneficiário
de ao menos quatro contas bloqueadas na Suíça. Os dados já estão no
Brasil, e a Procuradoria-Geral da República vai denunciá-lo de novo por
corrupção e lavagem de dinheiro.
Desta vez, a tropa de Cunha não poderá repetir o discurso de que é
preciso esperar o julgamento do STF. Ao negar a existência das contas, o
presidente da Câmara mentiu à CPI e omitiu informações relevantes sobre
seu patrimônio, o que caracteriza quebra de decoro parlamentar.
Cunha continua a confiar na covardia do governo e na cumplicidade da
oposição, a quem se aliou na causa do impeachment. No entanto, aliados
já admitem que a sua permanência na presidência da Câmara está se
tornando insustentável.FONTE:BLOG A FONTE
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