Nos momentos de crise, existem dois caminhos que podemos seguir:
lamentar as dificuldades e se acomodar ou buscar alternativas para
reverter o cenário econômico desfavorável. Eu aposto no segundo. Se
tratando do Rio Grande do Norte, não há mistério. Investir no Turismo,
nossa principal atividade econômica, é a chave para aumentar a
arrecadação do Estado, gerar empregos e, desta forma, conseguir melhorar
o desempenho econômico.
Somente no ano de 2015, o Turismo movimentou mais R$ 3 bilhões em
âmbito potiguar, correspondendo a 8% do Produto Interno Bruno (PIB) do
Estado. São cerca de 100 mil empregos gerados pelo setor. Para 2016, a
expectativa é ainda melhor, devido à regulamentação da Lei do Turismo,
de autoria do nosso mandato, que criou o Fundo Estadual do Turismo
(Fundetur), cuja finalidade é de arrecadar recursos a serem utilizados
exclusivamente para a promoção dos potenciais do RN no Brasil e no
exterior.
Algumas pessoas questionam se, no momento de crise, é possível
crescer na atividade turística. A resposta é sim. Eu diria até que o
momento favorece. Com a desvalorização do Real diante de moedas como o
Dólar e o Euro, ficou muito mais caro viajar para o exterior. Temos que
aproveitar para atrair os turistas de outras localidades do Brasil para o
nosso Estado. Já para os estrangeiros, ficou mais barato viajar rumo
aos destinos brasileiros. Por meio de fortes campanhas publicitárias,
será possível atrair cada vez um número maior de visitantes.
Nós temos hoje 40 mil leitos, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para receber turistas.
Desses, 28 mil estão na região metropolitana. Os outros 12 mil no
interior. A meta é, com os recursos capitaneados pelo Fundetur,
proporcionar a maior ocupação possível, durante todo ano. A Lei também
prevê a interiorização da atividade, explorando os destinos do nosso
interior como vitrines para receber novos turistas.
Temos muitos potenciais a serem explorados. O ano começa com o
atrativo verão do litoral do nosso estado, um dos mais belos do mundo.
Durante o Carnaval, cidades como Apodí, Caicó e Macau já despontam como
destinos de grande procura. No período do São João, Mossoró e Assú
consolidaram seus eventos no calendário nordestino. Ainda temos as
cidades serranas, como Martins, Portalegre e Serro Corá. O circuito das
Serras do Oeste, que conta com festivais gastronômicos e muitos outros
atrativos, possui grande potencial para ser explorado.
Outro setor a ser trabalhado é o religioso, no qual Santa Cruz já
desponta no cenário nacional. Também são realizados festivais
gastronômicos, literário e diversas atividades no decorrer do ano. O que
precisamos, e com o Fundetur existem agora recursos garantidos para
isso, é promover esses nossos potenciais, que são vastos. É pensando
grande que o Rio Grande do Norte terá todas as condições para crescer
economicamente mesmo diante da crise. Pensar grande é aproveitar todos
os potenciais que a nossa principal atividade econômica tem a oferecer.
Gustavo Fernandes
Deputado estadual
CIENTISTA POLÍTICO DIZ QUE SITUAÇÃO DE HENRIQUE ALVES É DELICADA
A situação do ministro do Turismo, o potiguar Henrique Eduardo Alves
(PMDB), é vista como “delicada” pelo cientista político e professor da
Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN) Antônio Spinelli, diante
dos novos fatos envolvendo o auxiliar da presidente Dilma Rousseff. O
cientista destaca em entrevista ao site Agora RN, no entanto, que as
denúncias precisam ser apuradas “com seriedade e isenção”, assim como as
relacionadas a outros políticos potiguares envolvidos em acusações, a
exemplo do senador José Agripino (DEM), conforme cita Spinelli.
Segundo informou o Estado de S. Paulo na semana passada, o ministro
do Turismo fez lobby para a construtora OAS em dois tribunais de contas
para evitar o bloqueio de recursos para as obras da empreiteira na Arena
das Dunas, em Natal, um dos estádios da Copa de 2014. As mensagens
sobre o lobby nos tribunais foram trocadas entre junho e julho de 2013.
Em 14 de julho, Alves promete a Léo Pinheiro agir no Tribunal de Contas
da União (TCU): “Seg (segunda), em BSB (Brasília), vou pra cima do TCU.
Darei notícias”, diz o atual ministro do Turismo.
“A situação do ministro, como a de outros denunciados, é delicada. É
preciso que as denúncias sejam apuradas, não deve existir tratamento
diferenciado. Os tribunais de contas, tanto União como dos Estados, são
constituídos por políticos, em geral, fracassados ou por pessoas que são
apadrinhadas pelos governadores ou pelo Governo Federal. São tribunais
destituídos de autoridade, sobretudo autoridade moral. Você vê o
Tribunal de Contas da União, onde vários conselheiros, inclusive o
presidente, respondendo a processos”, disse o professor ao Agora RN.FONTE:ROBSON PIRES
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