Pressionada por aliados e antevendo nova
rebelião no Congresso a partir da próxima semana quando deputados e
senadores voltam das férias, a presidente Dilma Rousseff
decidiu abrir o cofre. Em reunião com dez ministros, ontem, no Palácio
da Alvorada, Dilma determinou a liberação de três lotes de emendas
parlamentares até o fim do ano, em parcelas, totalizando R$ 6 bilhões.
Na tentativa de driblar dificuldades
previstas em votações importantes para o governo, a presidente pediu aos
ministros uma lista dos principais projetos contidos nas emendas
paradas em cada pasta. Embora o governo tenha anunciado corte adicional
de R$ 10 bilhões no Orçamento, para cumprir a meta fiscal e recuperar a
confiança do mercado na política econômica, Dilma decidiu manter a
reserva para pagar emendas.
Num momento de perda de popularidade
após os protestos de junho, desgaste na relação com a base aliada e com
o PMDB liderando uma rebelião para tornar obrigatória a execução das
emendas parlamentares, a presidente foi aconselhada a agir para
neutralizar a proposta do orçamento impositivo. Nas três horas da
reunião de ontem no Alvorada, Dilma cobrou dos ministros políticos novo
esforço concentrado para controlar deputados e senadores de seus
partidos e prometeu empenhar R$ 2 bilhões de emendas individuais em
agosto.FONTE:G1
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