Ministro da Previdência Social defende o nome do empresário potiguar para o Governo do Estado em 2014
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB),
afirmou mais uma vez, que não será candidato ao
Governo do Estado em 2014. Contudo, isso não quer dizer que na véspera
de natal o assunto “candidato a governador do PMDB” ficou sem novidades.
Pelo contrário: em entrevista ao Jornal do Dia, da TV Ponta Negra,
Garibaldi afirmou que, por ele, o empresário Fernando Bezerra seria o
nome do partido para a disputa eleitoral do próximo ano.
“A minha (preferência)? É (Fernando Bezerra), mas não decido sozinho.
Se pudesse lançar um candidato, eu sinceramente fazia um apelo aos
correligionários e lançaria o nome de Fernando Bezerra. Ele ainda disse
que está estudante, pensando, examinando o quadro. Mas eu diria que ele é
um nome viável do meu ponto de vista”, respondeu Garibaldi Filho quando
questionado se a preferência dele para ser o candidato do PMDB no
próximo ano era mesmo o empresário potiguar.
Segundo Garibaldi Filho, o ex-senador, ex-ministro da Integração
Nacional e atualmente empresário Fernando Bezerra seria o nome certo
para resolver a crise financeira pela qual o Governo atravessa. “Temos
um nome, que é um nome bem cotado no plano nacional, porque já foi
ministro, e é um nome para enfrentar as dificuldades do estado
atravessa, onde o governante é um mero pagador da folha de pagamento,
porque o Estado perdeu a capacidade de investimento”, justificou
Garibaldi, logo depois de dizer que está fora da lista de potenciais
candidatos ao Governo.
O nome de Fernando Bezerra para o Governo do Estado não é,
necessariamente, uma novidade nas rodas peemedebistas. Já é cotado para
ser o candidato do partido desde setembro, quando o PMDB rompeu com a
gestão estadual e anunciou que teria candidato próprio. Bezerra,
inclusive, teria até sido convidado por Henrique Alves, presidente da
Câmara dos Deputados e do partido no RN, para a missão. Contudo, ainda
não deu resposta. Tampouco, havia sido defendido de maneira tão direta e
clara quanto foi por Garibaldi Filho na tarde de hoje.
O que faz Fernando Bezerra ainda não ter dado a resposta é o receio
por encontrar certa resistência até entre os correligionários,
consequência do fato dele estar afastado do cenário político desde 2002,
quando disputou o Governo do Estado e perdeu para Wilma de Faria
(potencial candidata no próximo ano). “Eleitoralmente, há quem diga que
tendo se afastado da politica ele teria algumas dificuldades, mas eu
acredito que (o PMDB) haveria de ter um nome de candidato forte com
ele”, defendeu Garibaldi.
Por sinal, apesar de ressaltar por diversas vezes que não “decide
sozinho” e que não tem autoridade para lançar um candidato, “porque o
presidente do partido é Henrique Alves (presidente da Câmara dos
Deputados)”, Garibaldi Filho afirmou que seja qual for o nome
peemedebista, a sigla estará unida. “O PMDB não pode decidir antes de
março. Você sabe muito bem, divergimos na última eleição, mas eu creio
que nos vamos convergir para a do próximo ano”, afirmou.
Em 2010, para quem não lembra, Garibaldi ficou do lado da então
candidata Rosalba Ciarlini (DEM), enquanto Henrique Alves apoiou o nome
Iberê Ferreira para o Governo. Rosalba ganhou e Henrique acompanhou
Garibaldi no Governo até setembro deste ano, quando o partido rompeu com
a gestão estadual, alegando falta de interlocução e o objetivo de
lançar um “nome próprio” para o Governo.
Alianças
Ainda com relação a 2014, Garibaldi Filho afirmou que o PMDB deverá
trabalhar também uma larga rede de alianças, que vai desde um dos
extremos do cenário político, o DEM de Rosalba Ciarlini e José Agripino,
até o outro, o PT de Fernando Mineiro e Fátima Bezerra. “Não temos
condição de lançar um candidato próprio que não tenha atrás de si ou
convergindo para ele um amplo arco de aliança. Então, parece chavão, mas
vamos conversar com todo mundo, o mundo todo”, afirmou ele.
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