Ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil afirma que o partido está dividido, e esclarece: “não dá para confundir saída do governo com defesa do impeachment
O ex-ministro Eliseu Padilha disse que o PMDB só decidirá se irá
deixar ou não o governo Dilma na convenção do partido – agendada para
março – porém, destaca que o evento poderá ser antecipado caso o
Planalto interfira na disputa pela liderança da legenda na Câmara. Em
entrevista ao jornal O Globo, Padilha afirma que o PMDB está
dividido, mas boa parte dos integrantes vê com bons olhos uma possível
ruptura com o governo. “Na base do partido, a diferença é muito grande a
favor de sair do governo. A maioria absoluta é pela saída”, avalia.
Porém, o ex-ministro esclarece que “não dá para confundir saída do
governo com defesa do impeachment”.
Padilha nega que Michel Temer esteja trabalhando pelo impeachment da
presidente Dilma Rousseff, mas admite que o vice-presidente e seu grupo
de aliados têm mantido diálogos com lideranças políticas e setores do
empresariado. “Temer deixou claro que nunca se envolverá diretamente
nesse processo de impeachment”, relata o peemedebista. “Sempre que o
Michel fala conosco sobre esse tema, ele diz que, como alguém que fez a
vida como constitucionalista, como legalista, como alguém que observa a
absoluta legalidade, ninguém pode esperar que ele adote qualquer medida
no rumo de impulsionar ou não o impeachment”, completa.
Esta semana poderá ser decisiva para definir se a convenção do
partido será antecipada ou não. Padilha explica que para haver
convocação é preciso que pelo menos nove diretórios concordem, “e isso
já existe”, diz o peemedebista. “A convocação pode ser feita de três
formas: com os nove diretórios, com uma decisão da Executiva ou
diretamente pelo presidente do partido. A única hipótese de analisarmos
logo isso esta semana é se o governo forçar a volta do (Leonardo)
Picciani à liderança do PMDB (na Câmara)”, completa.
Leia a entrevista completa em O Globo
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