A iminente saída do ministro Joaquim Levy do Ministério da Fazenda
parece estar mais próxima do que nunca. Foi o que ficou evidenciado
depois da reunião do Conselho Monetário Nacional, quando ele deixou
claro seu desembarque do governo. Em entrevista concedida ao Estadão na
noite de quinta-feira (18), Levy fez críticas à gestão Dilma. O ministro
ainda vai deixar oficialmente o cargo, mas na prática não consegue dar
as cartas há um bom tempo. Na verdade, quase nunca conseguiu.
“Ele já estava natimorto, não podia mais fazer nada. Ele entrou no
governo como antídoto ao desgoverno dela, pois representava tudo que ela
abomina: responsabilidade fiscal e uma política macroeconômica baseada
nos três pilares defendidos pelo PSDB e que colocaram o país no trilho
da estabilidade econômica”, relembrou o deputado Rogério Marinho (PSDB).
O tucano diz que essa foi a principal razão de Levy ter tido uma
passagem tão turbulenta na Fazenda e não conseguir se manter no cargo.
“Levy significava para o mercado e para a nação a possibilidade de o
país voltar aos eixos com a retomada da política econômica fundamentada
nesses três fundamentos básicos que nortearam lá atrás a política
econômica do governo Fernando Henrique”.
Se por um lado o correto era perseguir os objetivos de inflação
controlada, flutuação do dólar e política de juros do Banco Central
capaz de equalizar a economia, por outro, Dilma ia pelo caminho
contrário com aval do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
“Eles imaginam que a economia pode ser conduzida por meio de
intervenções pontuais e com a substituição do mercado pelo governo. Levy
travou esse cabo de guerra com Barbosa e perdeu. Com ele perdeu o país,
pois o governo não tem rumo”, aponta Rogério.
PROCURADORIA PEDE AO STF PARA ABRIR INQUÉRITO CONTRA AGRIPINO MAIA
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta semana ao
STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de mais um inquérito para
investigar o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), por
peculato qualificado e lavagem de dinheiro. Segundo a Folha de São
Paulo, esse é o terceiro pedido de abertura de investigação da PGR
(ProcuradoriaGeral da República) contra o parlamentar.
A solicitação foi distribuída nesta sexta (19) no tribunal e terá
como relatora a ministra Rosa Weber. O pedido é para investigar um
possível funcionário fantasma, Victor Neves Wanderley, no gabinete de
Agripino no Senado. A partir de 2009, Wanderley foi nomeado ao cargo de
assessor parlamentar e, em datas próximas ao dia do pagamento, realizou
saques em espécie e depósitos na conta de um primo de Agripino Maia,
Raimundo Alves Maia Júnior – as informações foram obtidas por quebra de
sigilo bancário.
PRESIDENTE DA CÂMARA DISCUTE RITO DO IMPEACHMENT NA SEGUNDA- FEIRA
Os líderes partidários se reúnem na tarde de segunda-feira (21) com o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para discutir
assuntos como o rito do impeachment e a possível realização de sessão de
votações na terça-feira (22).
Em entrevista na quinta-feira (17), Cunha afirmou que, após a
reunião, serão anunciadas eventuais medidas da Câmara sobre as decisões
do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao rito de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Entre outros pontos, o STF decidiu contra a eleição secreta e a
existência de candidaturas avulsas na comissão especial do impeachment
da Câmara. Essa decisão invalida a eleição do último dia 8, quando
venceu a chapa formada por partidos de oposição e por dissidentes da
base governista.
SUPREMO APROVA ATA DE JULGAMENTO SOBRE RITO DO IMPEACHMENT
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou hoje (18), em sessão
extraordinária, a ata da sessão de ontem (17), quando o tribunal
definiu, provocado por uma ação do PCdoB, as principais regras do rito
do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A ata será
publicada ainda hoje no site do STF e amanhã (19), em edição extra do
Diário de Justiça.
Antes de encerrar a última sessão do ano, o presidente do STF,
ministro Ricardo Lewandowski fez um balanço das atividades. De acordo
com os números, em 2015 o plenário da Corte julgou mais de 2,6 mil
processos. Outros 82 foram finalizados no Plenário Virtual. As duas
turmas analisaram 14.968 ações.G1
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