sexta-feira, 31 de março de 2017

HENRIQUE BALTAZAR : " DESATIVAR ALCAÇUZ É REPETIR O ERRO COMETIDO COM A JOÃO CHAVES E O MAIOR PROBLEMA LÁ É DE GESTÃO"


Os deputados que compõem a Comissão Especial do Sistema Prisional ouviram o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar, na manhã desta quinta-feira (30), em mais uma etapa do trabalho de coleta de informações proposta pelo grupo.
Em sua participação, o magistrado defendeu a construção de pequenas unidades prisionais em detrimento de dois grandes presídios, responsabilizou a gestão pelos problemas na penitenciária de Alcaçuz e creditou a crise da segurança pública no Rio Grande do Norte à atuação de facções criminosas.
A estrutura das unidades prisionais do estado e a decisão da desativação de Alcaçuz, anunciada pelo Governo do Estado, foram uns dos principais questionamentos levantados pelos deputados. O titular da Vara de Execuções Penais destacou que os Centros de Detenção Provisória (CDP) ativos na cidade não possuem estrutura para atuarem como presídios e que a localização de Alcaçuz não é a causa do problema no presídio.
“Desativar Alcaçuz seria a repetição do erro cometido com a João Chaves, quando não existia um plano para absorver a população carcerária. Por outro lado, o problema das fugas em Alcaçuz está na técnica que foi escolhida para a sua construção. Visto que entre os túneis utilizados para fugas encontrados lá, existem verdadeiras cavernas que nunca desabaram. O problema maior é de gestão”, frisou.
Foto: Eduardo Maia
Foto: Eduardo Maia


HENRIQUE BALTAZAR DENUNCIA QUE GOVERNO DO ESTADO NÃO ESTÁ PAGANDO A EMPRESA QUE MONITORA TORNOZELEIRAS DE 500 PRESOS


Ainda durante a reunião da Comissão Especial do Sistema Prisional, na Assembleia Legislativa, o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar, fez uma grave denúncia envolvendo o caos da Segurança Pública do Estado por incompetência do Governo do Estado.
Segundo o magistrado, o Governo do Estado não estaria pagando a empresa que faz o monitoramento das tornozeleiras eletrônicas e o serviço estaria suspenso, deixando os mais de 500 apenados sem monitoramento.
“A secretaria de Segurança não sabe o paradeiro dessas pessoas. Esse é mais um indicativo de porque vivemos com problemas na área de segurança”, alertou o deputado e presidente da Comissão, Kelps Lima (SDD).
Foto: Eduardo Maia
Foto: Eduardo Maia; BLOG: HEITOR

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