Apesar de viverem mais, elas enfrentam dupla jornada. Pessoas do sexo feminino dedicam 26,6 horas semanais ao lar e as do masculino, 10,5 horas.
Correio Braziliense
No plenário 2 da Câmara dos Deputados, onde têm ocorrido as
reuniões da comissão especial que discute a reforma da Previdência,
cabem 150 pessoas, mas a sala sempre está um pouco acima da capacidade.
Em geral, 37 são integrantes titulares do colegiado, sem contar os
outros 37 que substituem, caso um deles não possa ir.
Entre os 74, há apenas uma representante do sexo feminino: a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Foi nessa sala que o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA),
questionou, em entrevista a jornalistas, a necessidade de as mulheres
se aposentarem antes dos homens, como é feito hoje. “A mulher que é
solteira, que não se casou e não tem filho, por que ela vai ter uma
diferença em relação ao homem?”.
Em geral, o argumento usado pelos defensores da proposta do
governo, que prevê idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição
para requerer a aposentadoria, independentemente do gênero, é de que,
atualmente, não faz mais sentido fazer essa diferenciação.
Principal articulador da reforma no governo, o secretário de
Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, orgulha-se de
propor uma reforma “igual para todos”, defendendo que é esse o modelo
que os outros países, em especial os da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), têm seguido. Alemanha, Islândia e
Noruega, por exemplo, têm a idade mínima ainda mais elevada, de 67 anos
para os dois sexos.BLOG: O PRIMO
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